domingo, 6 de setembro de 2020

EU NÃO SOU O SEU GATILHO

 Você não deve ser o gatilho de alguém, e muito menos generalizar isso.

Pode ir tirando da sua cabecinha agora. Eu tenho muito ao que me preocupar, e ter você, traumatizado(a) por que eu existo, é demais para mim.

A palavra: Preguiça. 

Essa foto é do meu espaço. Simples, básico, não é uma biblioteca. 


Imagem Ilustrativa que eu tirei para fazer charme.


Eu não queria não
, eu quero que os gatilhos não existam. É algo chato, que incomoda, e perde totalmente a espontaneidade da vida. Se cada um pudesse comprar um livro de psicologia e tivesse totalmente o interesse em se auto cuidar as coisas poderiam ser mais fáceis e eu não me sentiria culpada em ativar gatilho em alguém, sem saber. É só ter um breve conhecimento, isso diminuiria em alguns porcentos a responsabilidade que nós colocamos um em cima dos outros por coisas relacionadas a nossa experiência de vida. Isso não significa que quero tirar a empatia, pelo contrário, o ser humano se tornaria um pouco mais consciente sobre experiências que não são normais, porém, que o outro não sabe que você viveu. Para o gatilho não existir, tu precisa conhecer. Uma palavra? Acontecimento? Uma pessoa?

Sério mesmo?

Há traumas realmente que não podemos pedir para alguém esquecer. O cérebro lida da maneira que acha mais saudável e que vá proteger o sujeito do trauma. Já sofri acidentes, e a única forma de vencer o trauma, foi continuando e enfrentando. Não sou forte, não quero que entendas isso, mas busco entender minha fraqueza, de onde ela vem e como eu posso mudar isso. Não posso responsabilizar sempre o outro pelo meu desconforto emocional, por mais que ele invada meu espaço de conforto, por mais que eu o culpe, e de certa forma que ele tenha responsabilidade em ter despertado um estado de alerta no meu corpo.

Parece que podemos ser uma máquina, pensando assim, certo?

O certo seria entender o trauma, reconhecer o trauma, abraçar o sentimento, entender a própria emoção e falar ao especialista. Basicamente é viver com os gatilhos sem se incomodar com eles. Se você conhece o que te afeta, por que te afeta e se faz sentido estar sentindo-se assim, tu destrói o gatilho, não por completo, mas o suficiente para viver em paz sem ter que remoer o pensamento e colocando a mão na cabeça, implorando para “sair da minha cabeça”.

Certos pensamentos não saem até que você os entenda. Há todo um contexto e quando tu entende o contexto, fica mais fácil lidar com isso. Tu vai falar de coisas que te constrangem sem ficar constrangido, daí tu vai parar e perceber que não faz o menor sentido o pensamento de estar constrangido por algo que te abala... E por que te abala? O julgamento alheio. As pessoas podem estar falando de você, rindo de você e amanhã não vão saber quem tu é. Tem como evitar desconfortos emocionais, e o primeiro deles é: Eu não sou o seu gatilho. 

 

Obrigada por ler

Eu heim... Só o que me faltava. 

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

RECRUTAMENTO DE MULHERES

 


Preciso de Maria Eduarda, Maria, Claudia, Júlia, Laura, Amanda, Neiva, Dolores, Rita, Carla e etc.

 

Tenho um plano, mas não é nada absurdo. É uma utopia e convenhamos que para isso funcionar, preciso dizer algo não tão bom. Tenho um estado às vezes mais apático que precisa de um estado mais generoso e otimista. Logo, nós precisamos nos complementar como mulheres para situação funcionar. Tu pode ser mãe, infelizmente não pode estar abaixo de 20 anos. Confesso que até os 23 anos, é um pouco perigoso, mas vai de cada uma, a experiência de vida. Não sou especialista em estilo de vida e experiências desenvolvedoras. Esperta e sonhadora? Talvez.  A questão é o seguinte: Tu tem um sonho e eu também. O combo de pegar pessoas, mulheres totalmente desconhecidas, e ligar a sintonia mais intima que a ciência tem como certeza: nosso DNA. Seres Humanos, é simples! A Caprichosa ideia (filosófica) de sermos iguais em todos os quesitos.

Eu sei que há pessoas que não gostamos e que podem estragar nossa festa e essa é a questão. Preciso de alegria, melancolia e estados opostos de emoções que se fundam num momento de tensão. Só assim para funcionar. O Egocentrismo fica fora do carro, e cada uma deve se ajudar da maneira que pode, desde dinheiro, até roupas, maquiagens e utilidades. A depender de outras pessoas é um sonho ridículo. Dentro do carro não há destino, mas o que abrir sorriso e entusiasmos, é freio. Nada de subgrupos. O Grupo já está formado. A viagem será feita no próprio país, não há rotas internacionais. Provavelmente os papéis de convite foram colados em ruas especificas, e se você pegou e entrou em contato, sabe a vontade que tem em fazer uma loucura. A vida deve estar chata e das vezes que disse que iria embora, chegou o momento. Singelo e discreto, assim é o cartaz e foi por essa particularidade que chamou tua atenção. Fale agora dos defeitos e das qualidades, me apresento, e assim seguimos rumo para qualquer praia, festival, estado ou região. Com uma rota traçada, os perigos de desenvolvermos opiniões opostas é 100%. Defina aonde quer ir, aonde não quer ir e todas saberemos já conscientes que o não gostar de uma é o gostar da outra. Espero que estejam preparadas para o desafio de viver uma experiência incrível ao lado de mulheres completamente estranhas. Que comece o recrutamento.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

O Primeiro Beijo – Clarice Lispector

Me encanta  “O Anjo das Donzelas” de Machado e agora sei qual meu tipo de leitura preferida. Rápido vezes sim vezes não. É ler um livro em poucas laudas e consumir uma história com um final imprevisível. Nessa quarentena me descobri apaixonada por contos. Mais que livros... sim.  Uma descoberta de grande alivio já que não adianta tentar mudar minha opinião, contos são frescos, vivos, verdes, livres. Não por serem rápidos, mas por serem cativantes. Amanhã não sei se mudarei de ideia, deixo aqui minha dica. Leia contos.
Ah...
Me conta: tu acha que ele bebeu água achando estar beijando de fato uma estátua ou Clarice está brincando com nós?

Obrigada por ler
Beijinhos!

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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