segunda-feira, 1 de junho de 2020

TUDO EM PRIMEIRA PESSOA: EU NÃO SABIA QUE ELE NAMORAVA

Histórias contadas em primeira pessoa que não tem um destino certo, muito menos personagens que existem. Vai partir da minha e da sua astúcia em acreditar na mentira e expor totalmente a verdade. Aconteceu ou não aconteceu?

 

2007. Escola nova. Minha mãe não pensou no meu sofrimento quando decidiu me tirar no período final. Perdi todos os meus amigos com as piores consequências. Não foi tão ruim assim, achei que chegaria sozinha, mas por um acaso, uma vizinha bem próxima estudava lá e me deu todo o apoio. A mãe dela vezes nos dava carona, no mais, íamos à pé. Divertido até. Durante um percurso, sempre passávamos pela melhor escola da cidade, os meninos eram descolados e, as meninas pareciam ter uma vida sexual bem ativa. Quando passávamos, vez e nunca olhávamos para entrada, e nada demais. Tinha esquecido de todo o sofrimento de ter saído da antiga escola.

- Essa escola deve ser muito cara. Disse.

- Maria, sério? Os pais pagam uma fortuna para essa turma não recompensa-los em absolutamente nada. Acredite. Somos sortudas. A nossa escola tem um projeto de bolsa que... nossa! Todo mundo sonha.

- Isso sem dúvidas... Sonho todos os dias com ela.

Na volta, como sempre, ou voltávamos juntas ou com nossos amigos de colégio que moravam por perto. Numa dessas, deixei minha bolsa cair com todas as minhas coisas. Meus amigos não são ingratos, estávamos nos divertindo na volta e até eu estava rindo, à-toa, não me importei de não me esperarem e ajudarem. Tentando organizar as coisas de estudo o mais rápido possível, vi uma sombra, olhei e avistei a tão temida escola – pelo menos para mim – Quer ajuda?

Não entendi bem, muitos menos havia enxergado. Há poucos dias tinha sido diagnosticada com miopia, e o sol não ajudava muito, mas era exatamente isso, tinha caido frente à escola dos ricos e era fato.

- Quer ajuda?

Não o conhecia, mas já tinha visto em alguma revista juvenil na banca do seu João. Improvável ele estudar aqui na cidade e até mesmo na escola, pensei e logo descartei. Bem, não sabia se de fato era, mas recusei a ajuda e quis seguir... Se ele não tivesse puxado mais assunto.

- Você é daqui?

- Sim, sou, obrigado pela preocupação com minhas coisas.

- Tudo bem, não há por que agradecer. São seus amigos lá na frente?

- Sim, são.

- Tem certeza que são?

- Só por que não me ajudaram com as coisas, não significa que não são... Isso é normal, as coisas caem.

- Calma! Desculpa.  

- Apenas te respondi... Tenho que ir. Obrigada.

Segui. O Alex teve a ideia de pagar um sorvete para todos, era sexta-feira, então não recusamos.

- Deixei minhas coisas cair.

- Não perdeu nada não né?

- Não!

- É impressão minha ou aquele cara está nos olhando? Ou melhor te olhando. Alex percebeu.

- É talvez.... Sorvete de quê? Inteirei outro assunto.

 

Tudo normal na volta. Eduarda estava doente, e eu voltei a pé para casa. Não havia problema, às vezes dava para ler andando, acredite. O sorvete na sexta-feira não caiu bem para minha colega, e estava eu voltando para casa plena segunda-feira. Iria fazer minha refeição, tomar um banho, tudo estava planejado... Demorei... Demorei por que o ajudante estava sem querer, de forma espontânea, debaixo da árvore. Fui simpática ao responde-lo.

- Olha, você outra vez.

- Oi, tudo bem? Pois é, sempre passo por aqui, bem, às vezes.

- Não tive tempo de perguntar seu nome...Nome?

- Prazer Maria e o seu?

- Fernando...

- Prazer Fernando.

- Quero te conhecer mais. Não somos do mesmo colégio, mas o vestibular está chegando, talvez possamos estar na mesma Universidade. Alguns de seus professores são meus também.

- Claro... Podemos, mas hoje não posso.

- Tenho telefone e msn. Fica online?

- Sim, fico, já que é raro eu sair.

Tá, eu sei. Me julguem com carinho.

Nós por muito tempo conversamos por sms e msn, parece que o tempo estava mais curto perto do grande vestibular chegar. Eu não era estudiosa, mediana, mas tive que dar o meu melhor.

 Só que ele pediu para sair comigo depois do grande dia, passássemos ou não na prova, para driblar o estresse e ansiedade.

- Por que não uma balada?

Eu não era nem estudiosa e nem de festas, mas tive que abrir essa exceção. Meus amigos foram, lá nos separamos e eu e ele nos encontramos. Foi divertido: dançamos, brincamos, flertamos e nos beijamos. Um grande beijo com vários outros. No outro dia, estava sendo bombardeada por uma garota de cabelos longos e escuros via sms e msn. Eram palavras de baixo nível perto das roupas da Zara que compunham a princesa que era ela. Foi só então que soube que ele namorava, de fato era o menino da revista e eu era a outra que havia acabado com o relacionamento fofo juvenil. No mais, passei no vestibular, e estou feliz...

Obrigada por perguntar.😊

domingo, 24 de maio de 2020

UMA RESPOSTA AO MEU PRÓPRIO POST SOBRE ANIVERSÁRIO

Olá, espero que esteja bem!
                                                                                                                      
Imagem Ilustrativa
Esse é um/a respot ao post no blog ESQUECI O PRESENTE NUNCA MAIS VOU TRAZER que fiz em janeiro de 2017. Coloco minhas opiniões, e para quem não sabe, as opiniões podem mudar de acordo com nosso desenvolvimento. Uma das características importantes que o leitor precisa saber, é que textos específicos deste blog, podem ser revisados pela minha pessoa, ou seja, eu analiso minha postura de anos atrás e vejo se ainda concordo com ela, se não concordar ou achar que estava sendo mesquinha ou infantil demais, ou até mesmo errada, venho aqui, e compartilho com tu esse pensamento que pode virar um looping infinito. Apesar da baixa de comentários, e a falta de interação, o blog foi intencionalmente criado, depois de muitos outros apagados e de um querer duvidoso de como iniciar.

quinta-feira, 21 de maio de 2020


Meu amor, quando tudo isso passar

Quero dançar a noite inteira

Sorrir sem precisar de qualquer bebida

Me enrolar na música

 

Por tudo, sentir-me culpada pela tristeza alheia

Me deixou enrolada em lençóis frios

Presa em lugares desconhecidos

Passando por situações sem perspectiva

 

Meu amor, quando tudo isso passar

Me leve para dançar a noite inteira

Apresente-me o anoitecer

Deixe-me usar meus melhores sapatos

Quero brilhar ao andar

 

Querido, quando tudo isso passar

Vamos nos permitir ser

Conhecer um novo mundo

Aqui, perto de nossa casa

  

Meu amor, quando tudo isso passar

Me chame para uma dança

Na rua principal

Estarei brilhando como uma estrela do céu.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

O CORPO FEMININO COMO INSTRUMENTO DE VERGONHA

Imagem Ilustrativa
Uma vergonha que não entendo, porém me resta a culpa em acreditar nessa vergonha... Que meu corpo é totalmente errado aos olhos do mundo.

Olá, espero que esteja bem...

 

Expor o corpo depois de tanto tempo o escondendo com vergonha, é um tipo de pensamento complicado de quebrar, sem nos sentirmos culpadas por não agradar os olhares, esses mesmos olhares serão responsáveis por nós mulheres nos olharmos no espelho e, tragicamente, concordar que não somos bonitas, ou melhor, que não podemos andar na praia ou em qualquer outro lugar que permita a exposição de nossos corpos, sem sentirmos vergonha de nós mesmas.

É maluco pensar que um homem pode andar de qualquer forma e, de certa maneira com o seu corpo natural aos olhos, em ser visto. O corpo da mulher sempre foi representação de um respeito que só existe debaixo dos longos vestidos e das várias camadas que escondiam “nossa curvas”. O que é belo não é para ser visto, é para ser respeitado. Não serei hipócrita em dizer que hoje em dia e desde que humanidade assim o é, trabalhos pedem corpos padronizados e, estes são referências para nós mulheres. Não há escudo para isso, são séculos de perseguição, castramento, olhares de repugnância, nojo e total desconhecimento sobre o nosso corpo. Desde comentários sobre nossa parte intima, até opiniões que não cabem e, que não merecemos e não merecíamos receber fazem parte de nossa rotina. É fácil levantar uma bandeira referente ao orgulho que devemos ter sobre nosso corpo, quando mais tarde, no mundo de hoje, abrindo qualquer página, os comentários serão 100% negativos, reforçando o pensamento de que sim “devemos ter vergonha do nosso corpo”. Não vou passar pano para os 99,9% que elogiam. A educação de nós mulheres para aceitarmos essa forma, está em desconstrução como tudo que foi nos instruído a ser dito como certo. Você acha realmente que a desconstrução que foi nos imposta durante séculos será desconstruída através do entretenimento? Este mesmo que é um dos diretores em mostrar a perfeição feminina; seja o casal perfeito, a mulher, o cabelo, as unhas, o corpo, os olhos, o rosto. Não é só o entretenimento, mas todos os portais que tem acesso a milhares de mulheres.  É cada um por si, lutando todos os dias, cada uma com o seu dragão que insiste em dizer, repetir e declarar como verdade, que nossos corpos são imperfeitos. Esses mesmos corpos que podem gerar vida. E tu que pensas eu ser a pessoa mais segura em relação ao meu corpo, estás totalmente enganado. São séculos de vergonha, são séculos de história mostrando que nosso corpo é uma vergonha, um instrumento de riso de promiscuidade. Portanto, eu faço parte do clube que tem consciência do erro, que sabe da injustiça de toda essa construção, mas que vive nela, que julga, que é mulher, que infelizmente acredita, que o corpo não é perfeito. Não adentrei no assunto saúde.

 

Obrigada por ler

Beijinhos!

sexta-feira, 15 de maio de 2020

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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