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Imagem Ilustrativa |
Estou
deixando para trás uma vida. Vida essa que era minha, hoje não mais. Por um
seletiva de acontecimentos me fizeram decidir, eu por eu, tirar do peito as
minhas mais belas palavras sem autoria. Por tempos pensei ser madura. Ingênua,
ainda ingênua! Deixei para trás uma vida de palavras segmentadas em um passado
que não sabia contar. Para viver assim, chegar, sentar ou deitar no divã do
analista e, não dar o material para trabalhar, é mais digno ser honesta comigo
mesma e deixar voar. Deixar voar o passado... Se assim é o passado, um
segmentos de ‘era’ impossíveis de serem comunicadas à outras pessoas e a eu
mesma, o fim absolutamente certo é o destino. O destino é o fim.
Sempre
estarei por aqui. Se continuar me procurando, me achará. Mas me procura e fala.
O silêncio não me tortura, pelo contrário, é uma resposta. E talvez eu
interprete a resposta exatamente como é. Daí me vou... Ficarei nas letras,
linhas e palavras. Se assim decidir, seguir manter o caderno aberto, se não, o
fecharei e saberás, pois nunca mais conseguirá me encontrar.