sábado, 18 de novembro de 2017

FOTOS BONITAS


Imagem Ilustrativa

“Vem, junta todo mundo. Xis!”
Um com cara de raiva, outro sorrindo, outro fazendo com os dedos um sinal na cabeça no amigo da frente. O da frente com a mão no queixo o da esquerda tentando impedir. Alguns deitados no chão sorrindo, outros, fingindo estarem mortos. 

Olá, espero que esteja bem... 

Bom. Assim para mim é um foto legal. Bem antes quando o “xis” foi substituído por “esse não é o meu lado”, “tira outra”, “aqui o sol está perfeito”.
É, eu sei! Parece que estou massacrando fotógrafos profissionais e ensaios artísticos e belezas naturais do mundo.
Não.
É que, escrevendo no caderno, pensei sobre atualidades e me vi completamente nela óbvio.
Ângulo, lado, efeito... Relaxa.
É que os tempos mudando, é preciso se adaptar e, não sei se fui vítima ou “Maria vai com as outras”. De uma forma ou de outra, vão te fazer sentir assim, você vai precisar mesmo depois pensando: Por quê? Para quê? Como? Qual a necessidade?
É que não tem necessidade, também não sei se é vaidade... Pode ser o medo de não ser de nenhum grupo. A escola cresceu, abriu seus horizontes e ficou pior. Ela estendeu e esbarrou com a vida.
Os ensinamentos da vida são diferentes da escola, mas parece que a escola quer ser uma multinacional e fazer acordo com a vida.
Petição para acabar e separar essas duas.
O que isso tem a ver com fotos? No raciocínio do meu texto, tudo!
É chamado para foto quem é legal, quem faz parte da turma.
Ah, meu Deus!
A vida vai te exigir muita coisa, mas ela vai te excluir o dobro.
Exemplo? Selecionar amigos. Não é preciso colocar cara feia ou ser indiferente. É possível conversar e respeitar, sem excluir. A vida nos da maturidade, coisa que a escola faz questão de “prender”. O foco são notas.
O que isso tem a ver com fotos?
O tempo, entende?
Quando se é maduro, você sabe dizer não com respeito, pensando em magoar o menos possível, exceto quando os nervos estão alterados ou “a flor da pele”?
Enfim.
Antes a solidão era inconsciente, mas era compartilhada sem sabermos.  Hoje?
“Vem, vamos fazer uma foto. Faz pose”.
“Até mais. Tchau...” ou nem isso.
Depois, resta a foto bonita. O que temos a dizer dela?
Pode ser. Pode me chamar de careta, chata, hipócrita... É que faz parte “Maria vai com as outras”.
É, você até pode me chamar, mas minha essência é mais real de que qualquer foto bonita.


Obs.: Aos fotógrafos não se sintam ofendidos. Quem gosta de ‘selfisear-se’ também não.
Eu também faço.


Obrigada por ler
Beijinhos!
 

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO?



 Oi, espero que esteja bem...


Uma geração completamente conectada, mas finge que nada aconteceu quando tocam em algum assunto sério na roda de amigos ou de família.
Acho que dá para entender, tanto tempo conectado da uma sensação de história best-seller: todo mundo já sabe.
“Do que você está falando?” Mesmo com o telefone na mão.
Parece que estou a obrigar questionando os ‘conectadores’ a estarem sabendo de tudo, não me interprete errado. Há pessoas que leram rapidamente no noticiário virtual online, assuntos sobre a fome. Depois a noite com o celular na mão, perguntaram se ouviram falar sobre o maior bolo gigante do mundo. É que o telefone estava ligado e a cabeça balançou com sinal de negação.
“Do que você está falando? Não, não soube disso.”
É! Tem aquelas pessoas que cansaram de tanta informação desnecessária, tragédias fora do país e noticiários do mundo inteiro. Sentem-se impotentes.
“Eu sei disso tudo, o que posso fazer para ajudar?”
Talvez seja isso... Cansa não poder fazer nada, assusta fazer alguma coisa.
Bombardeamento de informações necessárias para estarmos atentos ao que acontece no mundo, mas será que sabemos o que ocorre em lugares no Brasil qual não conhecemos? Será que nos importa?
Ah, é! Os jornais locais. Cadê a força para digitar Acre ou interior de Alagoas?
“Do que você está falando?”
O que está lendo.
Uma geração totalmente conectada, dizem também solitária. Penso que multidões e ausência de aparelhos eletrônicos não são essencialmente os culpados pelo ‘surgimento e aparição’ da solidão.
Consciência.
Nós ficamos ‘mais’ conscientes sobre nos sentirmos sozinhos e estarmos sozinhos, mesmo com um milhão de seguidores.
Não fique chateado(a) ou com raiva de mim, é que tenho poucos me seguindo. Não sei se isso é necessariamente importante para mim.
O que a consciência e ser consciente faz, não é mesmo?
Tudo sensação, tudo mudança de percepção. Só precisou de algo para despertar em nós, o óbvio da existência.
Bem antes, tragédias aconteciam e dramas existenciais também. É que com essa conexão toda, mais um vez, nossa percepção mudou.
“Do que você está falando? Eu não te conheço.”
“Ué! Mas você me segue. Você é louco (a)?”

Imagem Ilustrativa
Obrigada por ler
Beijinhos!

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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