segunda-feira, 25 de setembro de 2017

NICOLAS E BIANCA SE ESBARRAM




Acredito estar sendo uma das melhores viagens que estou fazendo. Como boa turista no próprio Brasil, fui como estava quando acordei. O tempo estava dos melhores, então sem preocupação. Andamos pela rua até chegar ao centro principal da cidade que em meus olhares, era meigo. Tinha um mini shopping, então Bárbara me levou até lá. Entramos em uma loja de departamento e farmácia, escolhemos algumas coisas necessárias como kit urgência, absorventes e mais biquínis, perfumes, roupas abaixo do preço e outras coisas além da diversão. Era tudo muito perto, um desvio de olhar e, era possível ver produtos em outra loja.

Um menino esbarrou em mim. Ele estava sem camisa, nada de corpo escultural ou algo do tipo. Usava boné para trás e me pediu desculpas. A batida foi tão forte que cai ao chão, meu óculos se perdeu e eu sinceramente fiquei envergonhada.
Muitas desculpas entoaram, tinha acabado de acordar, meio aérea da viagem não gritei ou algo do tipo, mas ele se prestou e convidou eu e Barbara a participarmos da festa de ano novo. No lugar que meu pai se recusou a dizer onde era, as casas alugadas eram próximas umas das outras, a caminhada era a mais gratificante que tinha, já que a vista e o som era o mar e o barulho dele.
Nos apresentamos educadamente já que no Brasil, Natal e final de ano são datas que nos despertam emoções completamente positivas.

- Me desculpa, me chamo Nicolas.
- Prazer, me chamo Bianca. Afinal, o que aconteceu?
Ele recolheu meus óculos, envergonhado, tentou me contar a história.
- Na verdade estou com um grupo de amigos e, na euforia decidimos correr.
- Correr, por correr?
- Não! Fizemos uma aposta. Estávamos jogando carta e apostando dinheiro. Sua voz saia com ar, o suficiente para ele pedir uma cadeira de plástico e se sentar.
- Final de ano. Sabe como é não é? Primeiro final de ano com os meus amigos.
- Ah, entendo. Só presta mais atenção, poderia ter me machucado mais. Está bom?
- Me desculpa.

Eu e Bárbara decidimos voltar para casa, não que o clima tinha acabado, mas havíamos esquecido do que faltava comprar. Tive que olhar para trás e vi que ele ainda estava sentado, foi quando chegaram os amigos que ele falou.

- Você está machucada? Bárbara verificou quase todo o meu corpo
- Não. Está tudo bem! Estou tão anestesiada do sono que não saiu voz para gritar ou fazer escândalo.

Senti mãos em meus ombros e me virei.

- Bianca e Bárbara, certo?
Era ele e os amigos.
- Sim.
- Nosso caminho é por ai também. Se incomoda de seguirmos com vocês?

Bárbara e eu nos olhamos sem qualquer desacordo.
- Sim, sem problemas.


É, você pode estar pensando que não dei qualquer olhar diferente para o Nicolas, mas eu não contei o real motivo de não ter feito escândalo.
Depois daquela queda, senti em meu coração que tudo seria muito bom. Tudo levava a ser o melhor final de ano que poderia lembrar.
Vou até te contar os detalhes, os mínimos ainda não.
Na caminhada não parávamos de falar, ele me ensinou em teoria a como se manter equilibrado no skate e, tentou me dizer o melhor lugar para ver os fogos de artifício. A curta caminhada pareceu tão longa que só conseguíamos rir e nos divertir. Chegando na casa de praia, ele me beijou o rosto, dizendo ser a melhor coisa que havia ocorrido até aquelas horas com ele.
Depois da despedida para uma menina de dezesseis anos em um lugar paradisíaco, pelo que lia nos livros, poderia ser amor de verão.
Tive a certeza quando ele não parava de sorrir para mim.
Estava feito.
- Nos vemos amanhã Bianca. Hoje vamos sair...
Uma voz ecoa bem de cima da casa. Era minha mãe.
- Bárbara! Bianca!
Era minha mãe.
- Tenho que entrar.
- Tudo bem. As férias estão começando hoje, ainda vamos nos ver muito. Isso te garanto.


sexta-feira, 22 de setembro de 2017

NÃO SEI O TAMANHO DO MEU IMPACTO




Mas sei que ele existe.  

Não estou falando de forma especial ou artística de modo a me comparar com qualquer um que fez e faz a diferença no mundo e, sim como pessoa com compromissos ou não compromissos que falha e falta às vezes como qualquer outra pessoa.

Oi, espero que esteja bem,
E que tenha entendido o titulo

Muitas dessas que acreditam que o peso, a gordura corporal causam um impacto até mesmo repúdio, como se fossem diferentes, de outro planeta onde tudo fica complicado, sabe?  
É, nós deixamos algo no mundo e não percebemos que podemos causar impactos e lembranças das quais podem ser positivas ou negativas e influenciar direta ou indiretamente em nossas vidas.  
Percebendo como as coisas estão acontecendo em um fluxo rápido e as informações beirando a acesso, o que todo mundo quer mesmo é causar impacto e deixar presença. Mas não é novidade querermos deixar nossa marca ou algo que alguém vá lembrar de nós, assim fosse, nada nunca mudaria e, permaneceria sempre a mercê da mesmice. Convenhamos que pouca coisa mudou aos olhos gananciosos do olhar futurístico do homem
Deixamos algo de nós que não percebemos. Queremos levar para onde for algo para que seja lembrado, mas não sabemos de fato o quanto isso é poderoso em algumas situações.
Não é segredo a questão de no fundo negarmos, mas acreditarmos que nossa opinião é tão original quanto os fatos com porcentagens e números.
Digamos que ao aconselharmos alguém, poderemos ter alguns comportamentos previsíveis ou não. Na minha percepção, quando você está passando por algum perrengue, rara são, as pessoas dispostas a ajudar e oferecer mão amiga sem qualquer tipo de intenção por trás. Vencer o orgulho nesses momentos é fundamental para se criar laços e vínculos. Tudo o que queremos – o que percebo – é total ausência de qualquer pessoa para nos ajudar com assuntos que revelem nossas fragilidades e pontos que não podemos ou não conseguimos fazer ou entendermos sozinhos.
Os conflitos em grupo refletem necessariamente nossa “alma” de capitão, líder, chefe, e conhecedor de tudo, até mesmo do que não existe ainda. Por que óbvio, não liberamos para o mundo, não é mesmo?
Digo a nossa individualidade é necessariamente uma máquina que pode fazer tudo. Absolutamente tudo. O que é um equívoco já que não temos controle sobre nossa vida.


Selecionamos quem é o melhor, mas afastamo-nos de uma pessoa que esteve sempre ao nosso lado.
Você. Eu.
Essa pessoa vai embora de tal forma que o impacto abala as estruturas de qualquer lugar. “Seja como for, minha luz precisa brilhar, único e exclusivamente meu, preciso deixar minha marca no universo.”

Tá, isso é importante para você, ok?

Pequenas coisas... quanto tempo não penso ou falo isso. Nos pequenos detalhes não percebemos que fazemos estragos luminosos ou escuros. Eu sei que parece que temos uma grande responsabilidade para com o mundo e as pessoas ao nosso redor, mas o fato é que ao chegarmos em outro país, não é muito agradável, desagradar os habitantes e quebrar regras os deixando meio atônitos. Isso vale para qualquer lugar que pisamos a primeira ou inúmeras vezes.
Por metade, penso que somos responsáveis pelo mundo e pelas pessoas, porque vivemos nele e, isso é o suficiente para entender que não adianta fugir do óbvio, fazer bagunça e acreditar que o lixo vai limpar sozinho. O lixo sempre fica. O responsável? Bem, tem suas consequências.
Quis me referir ao fato de nossos atos, nossas atitudes e comportamentos.
Invadir algo, por exemplo, pode ser sinônimo de diversão, mas não é seu, digo, o lugar não é um parque de diversões por estar completamente abandonado.

Mas temos aquela questão de sentirmos impotentes ao fato do mundo está do jeito que está. Um pouco desagradável? Se vermos por um lado, nosso sorriso se encontra ao nosso estado caótico de notícias e jornais com situações absurdas. E por mais que estejamos no mesmo mundo, não seguimos as mesmas regras e muito menos parece que temos qualquer papel útil. Parece até mesmo que somos de espécies diferentes. Nós nos tratamos com total desrespeito, machucando uns aos outros, mesmo havendo consciência disso.  
Eu acredito no pensar, na ação e na possibilidade. O que você acredita que fará diferença, mesmo que conscientizando, é suficiente para ser luz no universo. 

Obrigada por ler
Beijinhos! 

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

ENTÃO VOCÊ DEIXOU DE SER NECESSIDADE

Imagem Ilustrativa
Oi, espero que esteja bem




O seu peito não me consola mais. É infantil pensar que uma vez você foi minha necessidade. Necessidade de estar, de ter, de ser, e de existir. Não é normalmente assim que os relacionamentos doentios nascem? É, mas alguns conselhos são fundamentais nestes momentos para dizer completamente que você está um pouco equivocada com a história e, não errada. Errar é tão forte quanto sentir ódio, na verdade os dois estão beirando ao primeiro lugar de sentimentos que destroem uma pessoa e aniquilam outras. O motivo? Total descontrole. E quando vamos saber que algo nos fará medo? Quando saberemos que ao andarmos normalmente pularemos de alegria ou de susto? É tudo muito imprevisível. Não o buraco que tem a frente, isso é óbvio, estamos vendo, mas nem sempre. Por um descuido de um sorriso ou gargalhada podemos ser surpreendidos pelo poder do “você quase manda na sua vida”.
Pois bem, seu peito não é mais consolo meu. Poderia chegar e dizer o que aconteceu no dia, mas não, deixa para lá, não está aqui. Não é o fato de não estar aqui e, sim de você não ser uma necessidade.
Sabe quando você compra coisas desnecessárias e se dá conta que foi por total impulso? Estou me sentindo assim comigo mesmo agora de pensar que você era o que dizia ser. Para melhorar o seu lado, a hipotética fantasia que eu criei em cima de você, a expectativa equivocada do suporte de concreto que não racharia, mas nunca quebraria, as batidas do coração que poderia ouvir se apoiasse minha cabeça no seu peito, o equívoco de pensar que você era o que eu imaginei em minha cabeça.
Tu tem uma parcela de culpa, colocou tudo em um papel quando não conseguia falar. Escreveu em letras confiantes, tudo que tu era, menos o que mentia. E eu acreditei, não fácil, eu lutei. Você diz para si mesma que é impossível as luzes estarem brilhando inacreditavelmente, o céu favorecendo a uma noite romântica e todas as pessoas passando como “mero espectadores” do que estava por vir, do que estava por sentir.  
Adoramos alguém quando olhamos de fachada o que nossos olhos nos prometem e, o meu prometeu algo que você não. Te dei uma lista de comportamentos que gostava e, você aderiu como se fosse aquilo. Os dois foram mentirosos e egoístas.
É difícil dizer quem se é. Quando você diz que tem uma bomba a pessoa fica no anseio de correr a qualquer momento, então dizer quem eu era de verdade era te manter ativo como animal selvagem fugindo do caçador.
“Bum”
Acredito que por um instante não estaria mais lá.

E no decorrer do conhecer, fomos meio que brigando com nossos defeitos, enojados com nossos comportamentos, suplicando para o além uma permissão de felicidade contínua como nos primeiros encontros. Era terrivelmente massacrante ver duas pessoas morrendo por não se permitirem ser quem eram de verdade. Qualquer vestígio de sorriso frouxo ou piada sem sentido, um sarcasmo uma ironia ou um “tanto faz”. Poderiam ter nos dito que apesar dos dias longos de cansaço, um belo de um sorriso para uma piada sem graça era fundamental para torna-la engraçada. Não é difícil sorrir, principalmente quando o outro quer te fazer rir, sem saber como fazer isso.

Foi aí que teu peito fugiu, as coisas voltaram como eram antes e demorei um tempo até me adaptar ao mundo novamente sem grandes sequelas. Anos podem ter seguido até eu seguir em frente de verdade, mas o fato é que comprei algumas almofadas para disfarçarem.
Então você deixou de ser necessidade.
Como toda necessidade inútil, é querer por querer tê-la outra vez até cansar, acabar e precisar. É! Preciso de necessidade, você é uma. É algo desnecessário, mas preciso. Não que eu morri por inteira, mas já sei que nos permitiríamos viver em um ciclo de mesmice até que entendêssemos a razão de nunca termos funcionado muito bem juntos. Talvez necessidades possam ser substituídas e, eu não queria compara-lo a isso. Substituídas não literalmente, mas no sentindo de preencher um vazio.

Imagem Ilustrativa
E tudo vem entrando para ser transbordo,
Transborda até a borda,
Se vai e deixa a porta aberta
Sem aviso ou pressa
De avisar que já foi

Dando espaço ao novo
Perigoso demais para preencher o teu vazio
Que acabou comigo
Sem aviso ou prévia
De volta

E tu se foi, levou teu transbordo
Deixou o vazio
Escuro e ríspido
Para que outro seja responsável
Por construir e reviver o que você destruiu e deixou morrer. 


Obrigada por ler 
Beijinhos!! 

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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