segunda-feira, 11 de setembro de 2017

ADOLESCÊNCIA É A PIOR FASE DA VIDA?



Mães trabalhando, pais também, irmãos mais velhos estudando em horários diferente, amigos partindo para outras escolas... 


Na perspectiva de uma pessoa adolescente, a vida não vale muita coisa.
Posso dizer que já passei pela fase do nascimento, mas não me lembro necessariamente de nada realmente importante, digo não para mim e sim para os meus pais. Não me lembro de ver o sorriso de minha mãe quando dei o primeiro sorriso de reflexo, não me lembro de ter caído na primeira tentativa de andar, não me lembro se minha mãe estava sentada no chão ou em pé me chamando. Mas um dia tive um sonho. Ele foi muito bonitinho. Sonhei que no quarto antigo da casa onde morava minha irmã me pegava nos braços. Lógico que ela me pegou eu sendo mais velha.
Nós nascemos e vegetemos nas mãos de outras pessoas. Essas pessoas cuidam de nós, não temos qualquer tipo de lembrança, porque vamos formar e construir nossas lembranças a partir das experiências que tivermos ao longo do nosso desenvolvimento.

 A Psicologia fala dessa parte com mais classe, glamour e muito, muito conhecimento. Meus dotes para lembrar dos psicólogos e filósofos lutando um por cima do outro para vencer quem sabia/sabe mais do desenvolvimento humano é devasto. Não sei se era uma luta de egos ou se de fato, os médicos estavam muito curiosos e com desejo insano de entender o ser humano físico, e mental, mas é nítido o ar de “eu posso entender melhor”. Convenhamos que em “Freud além da alma”, o Sig foi colocado como aquele que sentiu uma empatia de outro mundo pelos pacientes sem qualquer tipo de sinais de doenças óbvias para os médicos daquela época. Não havia diagnóstico para algum tipo de doença e, Sig no filme, tem um olhar completamente diferente para o ser humano. Não sou fã de Freud, e muito menos li seus ensaios e obras por completo. Por que né? São muitos livros para chamar de Freud, e muitos casos antigos para entender o que de fato é euforia em psicanálise. Me perdoe as falhas. Não tenho autoridade para falar aqui, mesmo assim continuarei falando.

Adolescência é complicada, você não está só descobrindo o seu corpo e se envergonhando dele, como também não faz a menor ideia do que é você no mundo. Qual a nossa, a sua importância para o mundo e para quem convive com você. A única coisa que queremos é algo que nós mesmos nem sabemos. Vira uma confusão de emoções, infância, maturidade inexistente, conflitos, rebeldia... 
  Ai meu Deus!
Quando digo que somos importantes para o mundo é porque somos, não porque simplesmente nos transformamos em estatísticas de suicídio, natalidade, mortalidade, acidentes e coisas do tipo. É porque realmente somos importantes, independente se somos estatísticas.
Por “n” questões, mas por que as pessoas lutam tanto para salvar vidas? “Lute por...” “Diga não ao...”, “Ajude a....”, “Doe sangue”. As pessoas se importam da maneira que precisam se importar e não nos colocando no colo como nossa mãe. Eles não podem nos aquecer como uma família, mas realmente você está aqui, estamos aqui e, no momento somos estatística. Sorria, alguém sabe que você existe.
O pior da adolescência é achar que você não existe. Nossa! E o adolescente tem esse fascínio por fazer com que o outro se sinta assim. Não vai pensando que aquele que bate não está passando por situações que causam falta de ar, porque sim ele está, e é bem forte. Ele é ausente e te faz sentir ausência de tudo. A vida parece que não vai mudar. Que saco não é?
A vida muda. Acredite. 
Melhor! Você muda. 
Não vou te garantir os velhos amigos e nem novos, porque você sabe, a vida é sua e a estrada, “uou”, é toda sua. Então pega na mão ou deixar ir quem precisa... isso vai acontecer. Isso acontece sempre. Por isso que o adulto tem esse jeito meio frio de lidar com “mãe, quero isso...”, “na volta compro” e, vocês nunca voltam. A pilha dos pais é trocada anualmente e quando digo isso, eles podem passar dois, três anos com a bateria no vermelho.
Ok!
Não peguei meus papeis de psicologia do desenvolvimento, mas perante a lei “psicologistica”, cada idade é uma fase e ela é universal para todo mundo.

Não sei se posso concordar com isso. Os livros nos mostram estudos e, a realidade são que crianças não podem correr, brincar ou se desenvolver como as outras. Então acho que não é tão universal assim o desenvolvimento sincronizado. Digo, universal para uma população de crianças. Vai saber como é, não é mesmo?  


A série That's 70 show mostra a realidade da adolescência/infância norte-americana “não tenho nada para fazer, vamos andar pelas ruas e se divertir com nada, voltas e mais voltas.”  A época das calças Flare. 
Os anos 70 aqui no Brasil foi de uma total censura, segundo fontes que não considero tão confiável (eu não sou uma, porque não estou com livro de história em minhas mãos – então já sabe).

Não sendo mais adolescente, não faço a menor ideia se há algum tipo de diferença entre a adolescência que vivi e, a adolescência que os pequenos vão passar - estão passando (eu sou princesa também).

Será que mudou alguma coisa? 

Computadores? Tablets? Eu brincava na areia, dançava na chuva, entrava em rios. Não sei.
Acredito que a adolescência seja uma das piores fases, estou falando isso embasada na teoria de alguns estudiosos. Estou excluindo fatalidades, coisa nas quais muitos deles não se preocuparam em pensar. Ou talvez seja um julgamento meu e eu não tenha lido ou pesquisado.

Ser adolescente não é fácil. Não posso dizer que é um treinamento para vida adulta, já que muita coisa acontece durante nossas vidas. Além da morte, você pode mudar de escola ou país.

Texto vago, muita ladainha e blá-blá-blá.
Mas era só para colocar interrogação: adolescência é a pior fase da vida?


Tenho muitas histórias, mas eu não quero contar, porque elas acabam. Daí perde a graça e eu não vou força minhas experiências para poder deixar em andamento a roda. Não vou viajar sem propósito para índia, só para dizer que eu fui.
Que nossas experiências sejam espontâneas.
Que nossas histórias sejam guardadas (sem egocentrismo). Isso é proteção de lembranças.  

Obrigada por ler
Beijinhos!

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A IMAGEM QUE PASSAMOS NA INTERNET

Não é só na internet.
Se você é um médico, não pode ser só médico, tem que ser especializado em alguma área e muito, muito bom nela.
Se você é um modelo, não pode ser só um modelo, tem que ter as medidas corretas e ser, muito, muito linda.
Se você é um cantor, não pode ser só um cantor, tem que ter uma voz muito, muito incrível. 
Quer mais? 

Afinal, você é formada em alguma coisa pra falar sobre algo com propriedade?

A realidade é que estamos passando um "falsa imagem" o tempo todo. Se a internet agrava isso, eu não sei, mas que pra mim, ela só reflete o óbvio, é nítido. Alguns querem se expor, outros não querem e se escondem.  Não posso dizer se é covardia ou coragem, porque cada um tem seus motivos, mas tentamos passar a imagem do que trabalhamos para ser passada pras outras pessoas.

Se eu sou um profissional, tenho que ter compostura pra tal... se sou um nordestino, bem, o sotaque e a voz vão "condenar."

No meu ponto de vista? Não! A internet não passa uma imagem errada do que somos, nós que passamos a imagem para que os outros pensem como nós somos. Imaginem... isso é ruim? Não sei, depende pra que, qual objetivo isso tem. Se vai prejudicar ou não as pessoas.
Digo que estou generalizando? Não mesmo!
Como tudo na vida, vão te cobrar... "Melhore, melhore sempre", "não está bom, mude sua roupa, talvez esse comportamento, essa fala não agrade", "mude", "evolua".

Mas Rafaela e aquela questão de ser você mesmo. Existe?

Sim. O que eu vejo de cantores, não todos que se perdem na vaidade e no próprio ego por emoções e, sei lá o que acontece por detrás das câmeras é grande. Possa ser que seja o "melhore", "está na hora de mudar"... Cobranças e mais cobranças.
Olha, eu não sei, talvez fiquem revoltados por estar simplesmente achando, sem certeza e condenando e julgando sem certezas, mas é o que eu penso. E que pode ser completamente errado, estar errado. Ok?



Que fique claro que imagens não definem vida real e, vida real, não significa personificação de tristeza.

Porque a realidade não é posta na internet?
Porque as pessoas escondem a realidade?
Porque não mostram a vida real? 

É simples, básico. Você como eu, esperamos horas e mais horas de fila. Nesse meio tempo são muitas pessoas falando ao telefone e, nós, eu e você como cidadãos, cansados de tanto esperar na fila em pé ou sentados, estamos um tanto meio que sem paciência.
É simples, básico. A realidade do brasileiro – melhor – a realidade dos pais brasileiros são acordar, óbvio, trabalhar ou comprar pão na padaria.
É simples, básico. Quem mora em uma cidade cujo objetivo é estudar, tu sabe o que tem lá, se você imaginar pela perspectiva real mesmo. Sem enfeites. Só crianças podem enfeitar a vida. Não Rafinha
É simples, é básico. Você, eu, nós, todo mundo sabe que para fazer uma foto de café da manhã bonita ou você é criativo e sabe lidar com fotografia, ou quer preencher seu Feed.

Ok, melhor... faz o que você quiser com o café da manhã, almoço ou jantar. Afinal, ele é seu. ☺


A vida real é diferente no quesito experiências que são subjetivas, isso é diferente. A maneira como encaramos as situações é diferente, mas o que acontece com todo mundo é igual.
Percebeu que afirmei com pontos não é? Por favor, isso não significa que tem que concordar.
Eu percebo assim, dessa forma. Óbvio que a rotina de um cantor é diferente da de um médico, mas o que as tornam iguais ou semelhantes em alguns aspectos são as noites. Noites mal dormidas. O dia é trocado pela noite, vice-versa. E lógico que o médico não sabe cantar e o cantor não sabe fazer uma cirurgia.
Óbvio que alguns tem mais privilégios que outros, porque é consequência do trabalho, mas como ser humano, os sentimentos são iguais em relação a forma de olhar pra experiência, com o acontecimento.

“Ah, mas o fulano está na fila do supermercado, atrapalhando o andamento. Estou atrasado e essa criatura lerda não sai daí”.

Ué, mas tu também está na fila. Tu não é lerdo não?

A vida real é básica, é simples no quesito de que se não for você quem faz, outra pessoa faz, mas tu fica responsável por algo que é muito importante. As pessoas pagam, água, energia, gás, IPTU, juros, enfrentam a chuva, borram a maquiagem, brigam com oas namoradoas, com a mãe, tem desentendimentos com a família. 
Nossa! Fora a crise de identidade e existencial que temos que enfrentar. 

As fotos que estão nas mídias sociais, podem sim, refletir uma espécie de comportamento em relação a vida que não temos, mas não significa que isso é absurdamente abominável porque está afetando outras pessoas, deprimindo outras pessoas, causando revolta em outras pessoas. Tem o fato de pessoas já terem tendência a depressão.


“Ela é linda, mas não tem carro. Já viu a casa dela?”

Precisamos confessar sim que essa é uma parte do ser humano, um tanto quanto nojenta. Essa de “fulano tem duas caras”. Isso é sujo. Vou dizer por quê.
Nós somos donos da nossa vida, não fazemos dela o que queremos, porque ou seremos presos ou seremos presos. Atravessar o sinal, não seguir regras... Sinceramente? Não fazemos o que queremos, fazemos o que está ao nosso alcance e, subimos alguns degraus para chegar a esse alcance e, conseguir um lugar ao sol. (Perdoe-me, ainda não li esse livro)
Às vezes sim, queremos fugir da realidade, outras não, é só trabalho mesmo. E vou dizer sim, que é difícil entender isso.

É um tema complexo que tem muitos pontos de vista... esse só foi um. O meu. Eu acho. 



Vocês sabem não é?
Obrigada por ler sempre... Agradeço muito. 
Beijinhos!

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

NÃO TENHO RESPEITO POR QUEM CONSTRÓI CASTELOS



Eles são turrões. Não me julguem, talvez pense em ter, por que não deve ser fácil, encarar um tsunami e perder tudo. 
Você vai entender, se ler o texto. 


Ei, espero que esteja bem...

Sabe quando nos dizem que se desistirmos seremos eternamente fracassados? Pois é. Bem que queria saber ou ter conhecimento de alguém muito importante que não teve que ter feito decisões decisivas na vida, para poder continuar.
Bem que eu queria ter conhecimento sobre alguém importante que quieto, no canto não pensou em parar, dar um tempo, desistir.

Homens ou mulheres de negócios em seus empregos bem sucedidos, sendo parados pelo monstrinho da desilusão. Uh!
Nunca li ou ouvi histórias de pessoas vitoriosas sem um “q” de perrengue. Não digo todos, mas as que li ou ouvi, a maioria tem como orgulho, contar os momentos de aflição, derrota, perca, desistência e remoço.
O que você mais escuta?
Não desista!
Acredito não ser do ponto de partida de fazer tudo bem correto, entende? E sim, não desistir nos momentos que você vê, enxerga não ter oportunidade nenhuma. Nenhuma porta abrindo, nenhum contato... nada. Você correndo atrás, parado, é impossível ver no meio da neblina qualquer tipo de luz.

Ouh! Ei! Pode me ajudar, por favor?

As pessoas que desistiram são aquelas que estão prontas para falar sobre a derrota e os momentos de aflição que passaram durante a caminhada. Não tenho dúvida que alguém de berço, em outras palavras, alguém que já venha de um império construído, passar lições, motivação e ensinamentos para aqueles que querem iniciar, seguir e não parar. Não tenho dúvida disso.
O impacto mais forte é saber que alguém que começou de baixo, cresceu, se desenvolveu e caiu.
Meu Deus! Como são para essas pessoas ter que construir o castelo novamente ou não deixa-lo cair?

Deve ficar tudo muito sombrio, devastado como um tsunami. Passa anos sem aparecer e, quando vem, destrói tudo em horas, minutos. Um império construído com suor, esforço, dedicação e determinação.
O fato de tragédias acontecerem com pessoas em impérios fortes e poderosos, acontecem.
Gosto de saber que uma pessoa passou pelo tsunami, venceu os obstáculos mais rudes, perdeu pessoas e a si mesmo, e continuou. Só simplesmente continuou.
Nunca seremos essas pessoas, mas podemos nos espelhar nelas para saber que os melhores desistiram, mas insistiram e persistiram apesar de todas as dificuldades.
Nós vemos tantas coisas acontecendo e cobrimos os olhos para enxergamos a realidade. É tão bom saber que venceu. Vencer no sentido de não ter desistido e não para provar algo para alguém. Questões pessoais e de sonhos, talvez.

Penso como é conciliar os próprios conflitos internos de ter que encarar o tempo, o relógio, e a lentidão de como as coisas funcionam. Dizem que iniciar é fácil demais, você está naquela euforia de chegar no topo de construir impérios e, o tempo vai passando, seu sorriso vai diminuindo, a sala vai perdendo o sentindo, você se questiona se tomou mesmo a decisão certa...

Nossa! Como deve ser difícil encarar a realidade. Em dias ruins, vestir o terno e gravata, fazer apresentação de um projeto que pode alavancar, enquanto nenhum bom dia pôde dar, um café sossegado pôde tomar, um beijo deu ou não pôde dar.
Não sei se tenho respeito por quem constrói castelos, eles são turrões e estão no mar como tubarões te cercando. Não pelo lado ruim, é uma forma de dizer, sobreviver, continuar e infelizmente, perdendo um ou outro é uma maneira de permanecer.
Lógico que empresa sem funcionários não é nada e, funcionários sem motivação e sentindo de trabalho é como máquina controlada, “só faz o que mandam”. Não que o trabalhador não faça isso, mas o robô não tem sentimentos, o ser humano precisa de uma chave de sentido para continuar a fazer o que ele faz. Não importa se reclama do chefe, do dia ruim, da falta de dinheiro, o ser humano precisa de sentido até mesmo para reclamar da vida.

Não sei se tenho respeito por quem constrói castelos, mas seleciono, leio, fico feliz, choro e tenho como inspiração, isso pode ter certeza que sim. Não esqueço a parte mais importante que é: “quando perdi tudo”, “recomeço”, “foi quando tive que desistir”..


Obrigada por ler
Beijinhos! 

Que temos força e coragem para enfrentar nossos tsunamis. 

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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