O TEMPO QUE PASSEI LONGE DE VOCÊ E TUDO QUE PODERIA FAZER...

Não caberiam no papel...

Não é engraçado, não é bonito e, não daria roteiro de filme. As pessoas gostam de final felizes mesmo que suas vidas estejam caminhando pelo caminho totalmente oposto. 

É tipo uma conexão completamente ilusória sobre a vida real e a vida no filme. Os processos de transformação em maquiagem duram certo tempo na vida real, no filme questão de minutos. Há burocracias no transporte. Algumas pessoas estarão contra você em viajar, na vida real, no filme, o personagem não fala pra ninguém, segue a vida sem merecimento de justificativa. 

Na vida real você falar Shakespeare declarando sua paixão é automaticamente julgada por uma mente subjetiva. Em filme, o personagem fala diretamente com você, já sabendo a resposta e o julgamento... "Vai! Não perde tempo." 

O tempo que passei longe de você é completamente desnecessário em relação a dor vazia de não ter ninguém pra considera-la. E esse alguém é você. É muito fácil e divertido brincar de mão... Sabe, aquela brincadeira onde as crianças junto com os adultos colocam suas mãos umas sobre as outras e, se apressam pra ver qual mão fica por cima. Definitivamente é divertido rir da última mão. Cansada, talvez vermelha e achando até engraçado, mas não o suficiente pra ser divertido. 

O tempo que passei longe de você era suficiente pra conhecer pessoas novas e, presta-las como prováveis amigos e oficiais padrinhos;

O tempo que passei longe de você era suficiente pra ir a workshops junto com a galera da faculdade ;

O tempo que passei longe de você era suficiente pra produção de um artigo científico...

Mas você me ligava no mesmo horário todos os dias. Me acostumou a ter sua voz como a presença mais física que poderia ter e, isso só me causou dor emocional, ilusões sobre o futuro e expectativas completamente infantis em relação ao que é viver e sobreviver de verdade. 

Você não me ensinou nada, além de contar seus sonhos sobre morar fora e, tentar Cambridge, o seu único ensinamento foi como minha cidade era incrivelmente patética pra se viver. 

Depois daí eu percebi que não importa se você mora em uma cidade pequena ou metrópole, a arrogância e ignorância pode estar no topo da pirâmide e na pessoa mais bem sucedida. Por que claro, óbvio, existem pessoas brancas em qualquer lugar do Brasil, não importa o que dizem as estatísticas. Ou você acredita miseravelmente nelas ou desconfia e procura mais informações. 

O tempo que passei longe de você foi necessário para eu perceber que não valeu a pena. Não porque o final não foi necessariamente da maneira que imaginávamos e, sim por continuarmos investindo em algo que sabíamos não ter qualquer fim lucrativo para o coração e para mente. 

É muito bom entre amigas, melhores amigas mulheres, contar de seus não arrependimentos, mas é desafiador saber que todo o investimento emocional não gerou qualquer lucro, pelo contrário, só dívidas e um caixa zero. 

É como um fantasma

Uma história sem valor 

Um conto perdido na gaveta do editor chefe 

Uma história que não existiu para os outros e que ninguém sabe o que você passou e como você colocou o limite do seu amor em prova. 

E ninguém nunca vai saber que próximo ano, o ano que entra é o decisivo pra você recarregar todas as energias. 

No fim, fica uma história oca e no final você mesmo pára e pensa: "se eu fosse alguém sem ser eu, valeria a pena escutar uma história sem registros?"

QUANDO SE ESTÁ AUSENTE

E não dá tempo, vou pegar todas as desculpas do mundo pra dizer que tudo que fica preso em um concreto é difícil de tirar. Não que me arrependa, mas heróis não morrem, mocinhos são felizes e vilões são presos. Trazendo isso pra realidade, você era o herói, mas não deu tempo o suficiente pra ser longo demais. Não que vá culpar o tempo, não sei nada sobre ele, só peço, rezo e tento não intimida-lo em relação ao futuro. E isso causa ansiedade, isso de pensar no futuro.

Se você não sabe, nem sempre dá tempo pegar o ônibus, comprar o carro dos sonhos, e fazer tudo o que você quer fazer antes de o relógio bater as 12 horas. E aí pronto! É um novo dia, você sabe o que esperar na rotina que leva, mas além das pessoas, tudo é muito improvável mesmo a gente se preparando, tendo a certeza, sabendo e consciente de que nada e nem ninguém é eterno em consciência.

Daí, você os transformam em anjos...

Os sem empatia soltaram piadas, mas não saberão de nossas vida, do que passamos em tão pouco tempo de vida.

Apesar de pouco tempo, tão intenso que as lembranças se tornam saudade, eternidade e “ah meu Deus, só o senhor sabe”

E quem conviveu também.

Por que quando a gente pensa no futuro, consequentemente vem:

Eles poderiam estar aqui

Poderia ser diferente

Poderia dar aquele abraço de criança amadurecida.

Mas o tempo que é tempo não dá tempo pra gente.

E se transforma em memória, pensamento.

E quando você pensa: “eles estão aqui, mas bem que poderia vê-los".

A gente cresce e enfrenta a dor de uma forma que não conseguimos entender. Não é planejado, muito menos arquitetado. A vida só vai seguindo e, deixamos seguir e vamos adiante por que o relógio não tem botão pra parar. Por isso continuamos. E tinha tanta coisa ainda pra viver.

Mas penso: “bem que poderiam estar aqui.”

AS PESSOAS ADOECEM E FICAM ADOECIDAS E O RESPONSÁVEL PODE ESTAR AO LADO

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Calma! Sem sair por ai culpando qualquer um por sua calça rasgada ou por sua nota abaixo da média.

Não é a solução, muito menos a verdade em si. É uma posição, baseada em uma "posição" errada de se ler, no caso, não me lembro se foi na cama, na sala...

E antes de você pensar que “o mundo não gira em torno de você”, “as pessoas erram você também”, “olhe para si mesmo, antes de olhar para os outros”, acredite que eu acredito honestamente e profundamente nisto. 

Deixando claro que não sou nenhuma especialista, mas sou humana. 

Não é este o meu objetivo, muito menos me vitimar nos ombros ou nas costas de outras pessoas, não é bem assim e muito menos, fazer com que uma massa acredite que o cadarço do tênis, desapareceu e alguém levou embora pra complicar mais ainda a vida, mais uma vez, não é isso.

Podemos pensar que a outra pessoa passe por dificuldades e, não demonstre isso, mas não podemos imaginar o tamanho do problema. Me refiro a alguém que não conhecemos que passa por nós e tem uma vida. Por trás de um sorriso não sabemos se há tristeza, essa é uma das questões. Uma família feliz, passa por todos os problemas e, nós como mero espectadores da vida de quem julgamos, somos julgados automaticamente.

Tenho total consciência de que até mesmo, construindo este texto ao ser lido, serei julgada por ter um posicionamento que aparentemente vá construir uma ponte (falsa) pra solução de todos os problemas, acredito ter consciência disso, mas como espectador e espectadora eu julgo e sou julgada.

Você já imaginou o tamanho da responsabilidade e do fardo que é culpar alguém por seu problema? Não é nada fácil. Principalmente quando este alguém, está com você todos os dias; acorda com você, assiste a programas de TV, navega na internet, rir de piadas sem graças e passa todos os momentos ao seu lado. Uma, duas, três pessoas... uma família e, não especifico que tipo;  amigos, amigas, nosso ciclo social.

Você passa por isso?

É preciso ter coragem suficiente pra dizer que sim, é um fardo alguém ser o culpado e o causador de nossa doença.

“Você tem o controle de sua vida, não tenha atitude de uma criança que precisa do colo da mãe ou de alguém pra atravessar a rua.”

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O que temos dentro de nós é algo bem sensível, como todos os outros órgãos.

Não sei, mas ainda existe isso de diminuir algo que é fora do contexto de visão, toque ou paladar. Me refiro aos sentimentos bons e ruins que criamos ou se desenvolvem dentro de nós.

Não posso dizer, seria irresponsabilidade minha, dizer com convicção que as pessoas que dizem que você é capaz de controlar suas emoções e sentimentos estão totalmente erradas, sendo que várias pesquisas são feitas, testes são atualizados, população e aplicação de testes sofrem mudanças. É errôneo pensar assim, sabendo que teste são testes.

Não discordando da ciência, mas pensando por um lado, é quase impossível controlar nossas emoções quando te pedem “daqui a 5 minutos, quero relatório em minha mesa”, “se não trouxe o trabalho, pensasse no plano B, enviasse ao seu e-mail”.

Não se adoece a toa e muito menos se entristece. Quando a depressão entra em pauta, a resposta é “eu não sei”, “sensação de vazio”, “a vida não faz sentido”. 
Há picos. 
Você não pode acreditar, mas uma pessoa completamente feliz, pode sofrer de alguma doença. Não sabemos definitivamente o que o outro passa.

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Não diminuíam as emoções, elas são sensíveis assim como órgãos.

Sabe quando você está indisposto a ler um livro, mesmo querendo devora-lo e, as páginas param, nesta parada, cai justamente em uma das várias informações contidas nele.

Pois bem!

Em um dos livros que tentava ler, a pesquisa apontou o fato de que, pessoas saudáveis convivendo com pessoas doentes, teriam riscos de terem a mesma doença. Psicológica, física, de alguma coisa sofreriam. Entrando na Genética, o DNA de alguém fumante, poderia sofrer influência cultural. Complicado? Somos influencia, influenciáveis e influenciados. Sem perceber eu não sei, mas que isso é óbvio, é sim.

Acredito no fato de que adoecemos por estar ao lado de pessoas que estão sofrendo. Isso mexe e quando entram as emoções, se torna um furacão de confusão, palavras não bem ditas, raivas...

Não especifiquei o tipo de pessoa, muito menos estereotipei.

Sabe porquê?

Não queira ser a doença de alguém, normalmente machuca. É de dentro. As vezes o remédio ajuda, mas o que fica, prejudica e, disso, não temos controle.

Não podemos controlar alguém enfurecido;

Sentindo dor;

Não podemos controlar nossa própria raiva;

Por que não sabemos quando, como e por que ela irá aparecer.

Porém, continue acreditando no pensamento positivo e, na insistente maneira de olhar para si mesmo, e anotar as falhas.

Somos todos humanos e, todos erramos.

Obrigada por Ler

Beijinhos!