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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

QUEM SOU EU NA AMIZADE?

Imagem Ilustrativa


 Olá, espero que esteja bem...


Quem sou eu na amizade, essa é a questão. Por alguns anos eu fiquei culpando questões exteriores a minha pessoa, não querendo me responsabilizar pelos erros, eventualidades ou distanciamentos de amigos. Em algum momento da vida, eu devo ter falhado. Querendo ou não, nós temos pausas reflexivas; falamos com Deus, questionamos de acordo com o que foi aprendido com os filósofos, culpamos há quem acredite ou não em forças superiores, conversamos com psicólogos ou não aguentamos e vamos ao psiquiatra.

Onde estou errando? Será que estou errando? Será que só por que estou sozinha, a errada sou eu? Ou as pessoas querem me fazer sentir assim? Elas estão magoadas comigo, logo, se afastam, por não ter atendido uma demanda de expectativa delas? Se todos não estão comigo, obviamente eu sou a errada? Não?!

Então, diante de todas as pausas reflexivas que tenho e terei em minha breve vida, me considero culpada. Culpada sem respostas, sem motivos, sem um porquê. Eu devo ter feito alguma coisa que culminou nesse distanciamento: não lutei, ignorei, deixei para lá, fui ignorante.

E se eu não for culpada pelas escolhas erradas diante das amizades que passaram em minha vida, as mesmas saberão que erraram. Nisso de se culpar por tudo, pedir desculpas por tudo, consideravelmente me torno uma pessoa insegura, dependente da aprovação alheia, logo então, sofrerei por não agradar as pessoas. Vê a incógnita? Vê o percurso da perfeição? E como tudo é extremamente delicado em estar presente, vivo e intacto para todos?

É válido nós nos declararmos culpados por nossos atos para até mesmo baixar uma confusão aleatória. Alguém sempre tem que ceder.  

Um dia você estava almoçando com uma pessoa. Você pega o sal ou o papel toalha que está na mesa, e derruba sem querer o copo de suco do/a seu/sua amigo(a). O dia acabou à partir dessa situação. Todos estão olhando, a mesa ficou suja, a pessoa estava na melhor roupa e ia para casa de um familiar... Ambos ficam muito envergonhados(as) com a situação.

A amizade acabou ai? Há quem reaja da pior forma.  

Onde somos culpados? Qual nossa porcentagem de responsabilidade, perante o outro? O outro também tem parcela de culpa em nosso comportamento, sabia? Mesmo me sentindo culpada, sofrendo, sem ao menos saber por que eu machuquei a Dona Melinda por ter passado pela casa dela e ter tirado uma rosa da árvore, a culpa também é da Dona Melinda por ter feito um escândalo, pelo simples motivo de eu ter pego a rosa.

Depois disso tudo, quem sou eu na amizade? Não tenho grandes e fortes laços de amizade, mas quem eu posso ser para cada um que me considera amiga? Quem vou ser se acontecer de amizades opostas, se deram bem comigo, e ambas pedirem para cortar o contato? Perco duas amizades ou bato o martelo e escolho uma das duas? Bato o martelo e fico no meio termo? Café com leite...

Talvez você tenha olhado para mim, e ainda hoje olhe, e julgue como se o futuro não me reservasse surpresas boas. Como se não fosse dar certo. Na sua cabeça, eu possa ter sido uma amiga que não era boa influência, que tinha tudo para dar errado. Digo para você que ainda pode dar errado sim. Como tudo na vida. O futuro é uma incógnita, mas acho que deve saber que existem altos e baixos. Hoje eu posso estar nas alturas, e amanhã pode ser você, mas lembre-se também que há períodos de queda livre. E uma queda livre sem paraquedas, machuca. Há de estarmos preparados para o impacto da realidade. O chão machuca e nada mais representativo que ele para mostrar o quão dura é a realidade, e sabemos que vale para todo mundo, não importa classe social e dinheiro, não importa status e hierarquia. Todos estamos sucintos à uma vida vão, solitária e inútil.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

CANSAÇO MENTAL

É muito complicado pensar uma maneira de escrever um texto, principalmente inicia-lo. Quando você tem um tema ou um título daí tu pode iniciar e pelo menos ter uma base de como vai ser. Muitas vezes essa dificuldade não vem do obstáculo que eu e você colocamos para não aprendermos algo. Ele realmente existe e é consequência de excessos.
Normalmente eu não trago questões pessoais para o Blog. Assim vai continuar. Pois bem!

Olá, espero que esteja bem
Imagem Ilustrativa
Achava eu que as coisas não mudariam. Meu ilustre cérebro com toda a sua capacidade, não me deixaria à ver navios, atolada no mar. O cérebro bem sensato: Uh! Vou abandona-la no mar!
No auge dos meus 16, 17 anos ou menos, sentia que podia aprender qualquer coisa. Não tinha tempo ruim. Era o momento que o adulto veria um erro meu, tipo “Rosas são vermelhas, violetas são azuis - Augusto do Anjos” e ele ia pensar “tudo bem, ela é jovem, vai aprender”. A idade veio, ela chega e continua. As cobranças também. Queria eu ser cobrada por algo que não gostaria de fazer, mas eu me cobro mais do que qualquer outra pessoa. Um porém: anos se passaram e sentia que não estava tão disposta. Numa conversa normal, do nada “Eu ia falar alguma coisa. Onde eu parei? Esqueci”. Continua. Isso continua até hoje. A lerdeza só tende a se agravar. “Mas gente, eu não sou assim, o que está acontecendo?” Fui eu buscar auxilio. “Você precisa parar essa rotina.” Foi o que ouvi, e a resposta que dei foi que “não podia e nem posso parar no momento”. É luxo. E desse luxo eu não estou podendo viver.
Mas vem a consequência depois. O corpo não é mais o mesmo, a disposição não é mais a mesma e o cérebro não é mais o mesmo (é sim). Você percebe que está organizando suas atividades e resolvendo um problema familiar, por exemplo, ao mesmo tempo, na mesma semana, sendo que na sexta-feira tem prova. Daí, você percebe que não tem muito o que fazer. Reclamar não é a solução e descansar vai ser um problema. Alguns anos eu ouvi esse conselho de descanso e não o efetuei. Seguimos.
Foi ai que eu percebi que não era mais uma menina. Eu era uma mulher perto dos 30 querendo ter disposição de 20 anos. Comecei a selecionar informações, livros e resolver problemas. O cérebro tem suas limitações, e o corpo também. Graças a Deus que meu corpo bateu na porta e disse “Ei você não tem mais 20 anos, antes de fazer qualquer coisa, pense se você vai quebrar uma perna, isso vai mudar a sua vida. Seja mais responsável”.  
Eu sei que muita mulher de 60 é muito melhor que uma de 20, dizem por ai. Na boa? Sem paciência. 
Não fui atrás de pesquisas para saber se existem limites para a utilização do cérebro, o que eu duvido, mas o corpo pede uma pausa, só precisamos ouvir. Não vamos estar com a mesma agilidade de um corpo de 20 anos, mas mesmo assim conseguiremos fazer as mesmas atividades com um pouco mais de cautela. Parece que ficamos menos egocêntricos em alguns pontos da vida.
A questão é que com vinte anos de idade as preocupações são poucas (sem generalizar). Fica fácil, não sentimos o cansaço mental. Na nossa rotina a adrenalina está tão alta que na pausa do final de semana é que sentimos de fato, coisas que não sentíamos quando estávamos na ativa. E é um ciclo. Não à toa que muitas pessoas buscam o emprego perfeito, aquele emprego que não tem rotina, não tem stress... É tecnicamente impossível. Se com 25 anos a pessoa mora com os pais, a resolução do problema é sair da casa dos pais, se não é mãe, ser mãe resolve o problema, se não cursa Universidade vai atrás de uma ou não quer uma. Muitos estão dizendo que não é preciso Universidade, é ultrapassado. Preciso deste lugar para viver, por que desconheço. É no Brasil? Ou mais uma bolha social?
Simplesmente cansaço mental. Talvez você dê um Google e apareça algo relacionado a doença. Válido! Hoje em dia ser saudável é mentira e a doença é a normalidade. Como assim você é saudável? As pessoas ficam indignadas. Não confio em pessoas que comem mamão.
Gente! Pelo amor de Deus!
Enfim, esse esgotamento mental é normal até demais com a vida que estão/estamos levando. O DSM não vai dizer isso. Mudança de idade interfere em tudo. Vão dizer que não... Mas sim, interfere.
Ah, mas eu escalei montanhas com 30 anos de idade.
Tenta subir uma com 90 anos.

Obrigada por ler

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Olá, espero que esteja bem

Quando algo é muito transformador na minha vida, dificilmente volto a ser quem eu era. Obviamente sempre fui eu mesma, e tento sempre aprender com os meus erros. Meus erros não são absurdos, mas os que os tornam grandes e especiais é a carga de responsabilidade. Não considero que sou altamente responsável, mas a escrita me proporcionou essa legitimidade de entender a responsabilidade. Vi em um post no Instagram uma frase sobre gratidão, mais ou menos assim: “Enquanto alguns reclamam pelo que não tem, outros agradecem pelo pouco que tem”. Se essa frase é sua, saiba que não estou me apropriando dela, mas utilizando-a, ou se falei errado, desculpe.

Essa transformação passa muito sem perceber, normalmente é perceptível quando estamos em uma conversa falando os acontecimentos no passado “lembro quando eu... quando eu fazia”. Tenho muito ainda para descobrir – essa é minha parte sonhadora. A parte realista com tendência a negatividade é que, ter o autoconhecimento não é tão simples como parece, é preciso segurar alguns incômodos e renegar algumas coisas para entender que o “muito” que a “vida” propaga na verdade é o “suficiente”, ambos não sendo sinônimo e muito menos quantidade.


Obrigada por ler
Beijinhos

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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