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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

ELAS ESCOLHERAM NÃO VIVER A MESMA AMARGURA DAS PESSOAS QUE A TRAIRAM

Imagem Ilustrativa


 Nós sabemos que é possível fugir. Escrever uma história em meio a tanto caos. As pessoas fogem das dores e buscam outras pessoas, achando que vão encontrar a felicidade, e ao se depararem com as feridas antigas, não querem se responsabilizar em sentir a dor, em acompanhar a dor. As pessoas se afastam da dor, em busca de uma grandiosidade do amor que leram em livros de romance. Esqueceram, porém, de ler nas entrelinhas o que passaram para serem felizes. Não há uma história de amor que não tragam cicatrizes familiares, traições e atitudes quase impossíveis de serem perdoados. É que esses personagens tem uma capacidade incrível de passar por cima de todo o ego e amar. É que tudo parece mais fácil nos livros, tudo parece mais empolgante nas linhas. Talvez os amantes estiveram entorpecidos de tanto amor que não sintam a dor, possivelmente o amor tenham o cegados. E eles sentem tanto quanto nós, mas sabem que de alguma maneira, diante de tudo que já passaram, esse é um sentimento completamente diferente e único. Presa na torre, uma maçã podre, uma ‘madrasta’ ... Uma amiga ferida. É aprender que esses personagens que sustentam e acreditam no amor estão mais machucados que imaginamos, e que não há saída a não ser dar uma chance em acreditar que existem pessoas que são capazes de ama-los para se curarem, de alguma maneira fortalecerem o sentimento de gratidão e felicidade que ainda existe, diante de tanta mentira. Há vários motivos para a princesa esquecer o amor, não amar e se entregar a dor de ter sido traída, mas prefere ser feliz e curar a si mesma. Elas não falam, elas sentem que podem ser uma saída, esquecer as dores e mágoas antigas, e deixa-las para trás, para nos fazer feliz e buscarem a felicidade e o amor. E o que ninguém entende, o que ninguém enxerga é que, essas mulheres passam por cima da dor de terem sido traídas de todas as maneiras possíveis para serem felizes e não viverem na mesma amargura das pessoas que as traíram.


quarta-feira, 23 de setembro de 2020

A GRACIOSA MARIA

 

Imagem Ilustrativa

Maria estava entusiasmada com o tempo que estava para viver na fazenda de seus avós. Seus pais felizes, buscavam outras formas de colocar comida na casa de Maria e de seus irmãos. Numa linda carruagem, ela saiu correndo em destino para abraçar um lindo coelho branco que ficava saltitando num lugar somente dedicado a ele.

 Maria é uma menina de 17 anos. Sua mãe cuidadosa, sempre mantivera em estado impecável seus cabelos e suas vestimentas. Adorava laços no cabelo e o abraço quente de seu avô. Era forte e protetor como o de seu pai. O quarto de Maria era impecável, e ao chegar na fazenda depois de colocar a mala em cima da cama, correu eufórica para conhecer a linda floresta que se formara por trás da fazenda. Mas antes precisava chamar seu melhor amigo. Era inacreditável a beleza e o cheiro que corria pelo campo para desbravar sozinha.

Então correu desesperada e contente, mas foi abruptamente parada

- Maria, minha querida, para onde vai com tanta alegria?

- Vou atrás do Deodoro vô. Quero vê-lo.

- Cuidado menina! Cuidado. O avó sorriu contentemente. Vê sua neta correr sem perigo e livre de qualquer maldade é o que dava sentido ao trabalho que cultivava na fazenda. Além de grande trabalho com cunho comercial, seu avô fazia por amor e tudo era florido por amar demais todos os netos.

Maria correu pela estreita rua que ligava as poucas casas atrás de Deodoro, seu grande amigo, com pressa e alegria chamou

-Deodoro! Deodoro! Sou eu, Maria. Cheguei! Papai trouxe-me. Vamos para a floresta.

- Maria? Maria és tu? Floresta?

- Sim, tem um lindo lugar atrás da casa de vovô.

- Ah claro. Vamos sim. Mas antes... – O que Deodoro? – Dai-me um belo abraço.

Eles se abraçaram com tamanha força e alegria que podiam sentir o coração um do outro.

Deodoro fechou a porta da casa de seus pais e deixou a de cima aberta. Os dois saíram correndo de mãos dadas até chegarem na fazenda. Deodoro sempre que passara, deixava alguma comida que a sua mãe, Dona Madalena deixava para a Senhora Antônia. Queijo leite ou farinha branca. Além de ser chamado pelo avô de Maria para ajudá-lo em alguns trabalhos braçais, fazia vendas na cidade com o carro do fazendeiro, uma Rural Willys.   

- Senhor. Deodoro abaixou a cabeça em respeito e cumprimento.

-Deodoro, Maria lhe assustou?

- Um pouco, mas um susto de alegria.

- Esta menina está empolgada para ver atrás da fazenda. Mostre a ela meu filho.

- Sim Senhor.

- Vamos, vamos! Maria puxou Deodoro e correu da sala até chegar a porta da cozinha que dava vista para uma trilha.

Maria amava flores, e sua vó, plantava Eucalipto com amor e sabedoria, numa paciência notável e fabulosamente incrível.

- Minha querida, vais ver o riacho?

- Riacho vó?

- Sim minha neta, o Deodoro irá mostrar. Há uma pequena cachoeira também.

Com um terreno de 1.000.0000 metros quadrados, seus avós sabiam a dimensão do lugar que haviam comprado com muita luta. O terreno foi se unindo aos poucos. Quando tinha gado e galinha, o Senhor vendia e comprava um bocado de terra. Decidiu parar quando avistou o riacho. Ao olhar para trás, não sabia a dimensão do que havia feito, mas ao ver Antônia feliz planejando fazer as plantações futuras, deixou de lado todas as críticas que recebeu sobre ser louco de pedra.

- Ah, meu amigo. Estava ansiosa para te ver.

- Estamos aqui. Sei que você sempre vem, então minha diversão é garantida.

- Esperava por mim?

- Todos os anos, se não todos os meses eu espero por ti.

Maria parou, olhou para cima e viu o tamanho da plantação de Eucalipto e podia sentir o amor de seus avós na construção de um lindo castelo.

- Parece um conto de fadas, Deodoro.

- Conto de Fadas Maria?

- Acha-me louca? Sim, conto de fadas. O castelo é a fazenda.

- Estás um pouco eufórica, nada demais.  

- Eufórica? Maria pulou frente a Deodoro. – Estou feliz. As pessoas estão enfrentando a ditadura e parece que vai acabar daqui alguns anos.

- O que é isso?

- Estudei na biblioteca da escola. Meus pais não podem saber. Sussurrou. Muito menos meus avós.

- Saber sobre o que?

- Que eu sei o que é ditadura.

Deodoro não queria saber sobre a história do Brasil. Queria levar Maria ao parque e andar na roda gigante; comprar algodão-doce e acertar uma pedra no maior urso do parque.

- Maria...

 - Sim?

- Você me concede a gentileza em me acompanhar ao circo na cidade?

- Circo? Sim! Sim! Mil vezes sim.

- Acredito que se fizer algum trabalho para seu avô, possa me emprestar o carro para irmos.

- Sem dúvidas. Aqui tudo é tão livre, tão lindo. As pessoas são tão boas.

- Que bom... Deodoro ficou incrivelmente feliz e, por mais que não soubesse o que seria conto de fadas e ditaduras, pensou que poderia estar em um, já que seu coração pulou e o sorriso não saia de seu rosto.

Antes de chegarem ao riacho, por cuidado, decidiram voltar para fazenda pois iria escurecer. Combinaram um piquenique final de tarde para o outro dia, e assim poderiam conversar com mais calma. Maria estava cansada e não acreditava que iria dormir com um cheiro tão bom de vida.

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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