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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

SOCIEDADE REAL X SOCIEDADE VIRTUAL

A justiça na internet é opressora; assusta, afasta, sobrecarrega, anula. E eu realmente tento desviar a todo custo de narrativas que prometem defender e tirar correntes sempre com um porém: ficar acorrentada em outra narrativa. Sinto que vai doer, vai ser desconfortável. 

Mas será necessário eu pedir desculpas? 

Acho que não...

Imagem Ilustrativa


Olá, espero que esteja bem...

Não posso o tempo todo ficar me ajoelhando e pedindo desculpas a cada passo que eu dou. Acho que tudo tem um motivo e é preciso ter certo equilíbrio. Fui numa farmácia e pedi desculpas por ter errado a senha do cartão e ela educadamente disse que não precisava pedir desculpas. A internet me assusta, para ser franca, é muito complicado, e eu entendo as pessoas não se gostarem. Aqui é difícil colocar a mão no fogo por alguma pessoa ou alguém, e definitivamente um erro não é esquecido. Mas informo que o mundo continua e os erros eles podem ser promovidos, se assim melhor fica. Fico incrédula como situações normais no cotidiano se tornam um furacão na mídia social. Chego a pensar que não é um lugar democrático, e sim um lugar de muito conteúdo maçante (com todo respeito) e que já ganhou um espaço totalmente seletivo. Mesmo na construção desse texto, me sinto completamente sem reação, pensar que as pessoas são movidas ao ódio e que estão dispostas a fazer qualquer coisa para machucar quem assim está no alvo. Tenho muitos problemas, mas não os faço justificativa de frustração para ser jogado aqui. Não é nem desistir da internet, não há nada que me dê mais prazer que viver a minha vida e focar nela, acho que a internet é uma parte significativa no que diz respeito a evolução do homem e de grande proveito para entendermos como funcionaria a sociedade se todos os direitos fossem realmente parte da nossa vida, como um conceito normal e não pesado. Digo que a justiça deveria ser usada em situações mínimas, por que dentro de nós já há justiça, só que não sabemos usa-la; que diz respeito a nossa moral e tudo que aprendemos ao longo da vida. Sinto realmente que é um lugar capaz de evidenciar pessoas e salvar talentos, mas ao mesmo tempo um lugar que precisa ser observado com mais cautela e precisão. Falo isso como usuária, uma simples usuária que na mais humilde e singela opinião, sente medo e receio de se entregar completamente a sociedade virtual. Para mim, viver em sociedade real é melhor do que viver aqui. É preciso deixar de lado o sentimento de não responsabilidade para com o outro, quando esse outro faz parte da sua (ir)responsabilidade. Não é como um filho, mas o líder precisa ter essa capacidade de pedir desculpas pelo grupo. É a dinâmica simples que aprendemos quando vamos fazer trabalho em grupo. O líder não se manifesta, o grupo escolhe a liderança e a partir daí, se o grupo errar, ele (o grupo) espera que o líder se posicione a favor dos liderados. Sinto dizer que não, nem tudo está errado e nem tudo é exigência para eu, você ou qualquer pessoa pedir desculpas. Eu não quero que tornem-me pessoa ou qualquer outra culpada por qualquer coisa que desagrade, quando sinto que nada fiz de errado. E quando digo que não quero é que eu não permito.

 

Obrigada por ler 

Beijinhos

domingo, 5 de julho de 2020

PESSOAS FELIZES COM A INFELICIDADE ALHEIA


Não especifiquei, vai soar contraditório e generalista, mas talvez seja essa a intenção, ou não.


Olá espero que esteja bem...


Imagem Ilustrativa


É mais que angustiante, é frustrante saber que existem pessoas que não gostam uma das outras, pelo simples motivo de não haver um. Pedir para que isso acabe é como contar estrelas no céu ou as ondas do mar. É tipicamente impossível. No momento virtual que vivemos a falta de responsabilidade em relação ao comportamento que temos que ter em relação ao outro, perante uma situação que não se aproxime a nossa, é de extrema apatia. Essa capacidade que a internet tem de promover uma vida cheia de luxos e felicidades, seja por trabalho ou momento, nos deixa um tanto quanto, confusos. Quando o assunto é criança, é algo mais delicado. No dia a dia já temos isso de as pessoas já estarem desgostosas com a vida, e o primeiro que aparece, sem ao menos conhecer já é o seu/nosso maior inimigo ou aquela pessoa que tu não quer ter amizade. Virtualmente o mar aberto e escuro dá essa sensação de liberdade, solidão, e ecos da nossa própria voz; o susto ocorre quando há retorno de som. A responsabilidade tem que partir de quem publica e de quem visualiza. O menos entendedor vai saber que a publicação tem um direcionamento para um público especifico e tem um objetivo

Não quero me adentrar nisso. A questão relevante, diante dessa expansão de vidas sendo mostradas como janelas abertas, e vizinhos sentados na calçada debaixo da árvore, trouxe o sentimento de maldade. O mal-estar do outro é o novo alimento da felicidade. É interessante pensar que o conceito de felicidade, até pouco tempo atrás - não sei se ainda é -, seria cachorros correndo no parque, caminhada ao ar livre, andar de mãos dadas, férias... Enfim. Hoje - o que não significa a ausência do ontem e do amanhã -  hoje, as pessoas ficam mais felizes e satisfeitas com a infelicidade alheia.  A troca de emoções, grupos com situações não tão bem resolvidas que geram frustração entrando em páginas de pessoas para denegri-las é exatamente o reflexo da sociedade, só que sem máscara. No dia a dia, temos a capacidade de ceder nosso lugar, dar bom dia às vezes, sorrirmos para uma senhora que não conhecemos e seguirmos nossa vida. Na internet e até mesmo fora dela, as ligações de empatia estão totalmente desligadas e de apatia, ligadas sem ano para desligar. O meio virtual é importante, acho que combater esses comportamentos são fundamentais para não dividirmos a vida no virtual e no real. É apenas uma vida, isso é justificativa antiga, sem qualquer tipo de relevância, que precisa ser notada e entendida como um todo. Não existe o real e o virtual. Não somos o que postamos, mas podemos nos tornar pessoas que nunca imaginávamos que seriamos. Para o bem ou para o mal, é sempre bom ter cautela e pensar antes de qualquer atitude por impulso. Digo isso para eu mesma, pois todos estamos abertos a viver esse tipo de situação... Mas enfim, se não dá para confiar totalmente em um desconhecido pessoalmente, imagina virtualmente. Soa contraditório sim, infelizmente. É fato que existe só uma verdade e uma versão dos fatos, mas cada um vive essa verdade e esse fato de maneira diferente, que o torna subjetivo, levando a contradições, ataques, e claro: uma felicidade genuína em ver, saber que o outro está infeliz, em sofrimento, e sozinho.


Obrigada por ler

Beijinhos!

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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