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terça-feira, 21 de julho de 2020

NUNCA IMAGINEI


Nunca me imaginei casada. Nunca imaginei um príncipe encantado em minha vida. Nunca imaginei o homem perfeito, a pessoa ideal para estar ao meu lado nos dias bons e nos dias ruins. Nunca pensei na possibilidade de construir uma família, zelar por ela e ser totalmente responsável e protagonista na vida de outras pessoas. Eu nunca imaginei, nunca quis, nunca pedi a Deus em minhas orações uma vida perfeita e luxuosa. Nunca quis ser famosa. Nunca quis ter sucesso. Nunca me comparei, mas também nunca me bastei. Sempre fui excesso de emoções. Emoções e pensamentos que me faziam e fazem rodar no tempo sem cronologia. Nunca imaginei e nunca quis muito para mim, mas não porque eu não queria, eu só não queria, como não conhecia e sentia que qualquer tipo de felicidade era um desacato, falta de respeito, incredulidade e ingratidão. Nunca soube para quem eu conservava esse sentimento de inutilidade.  Nunca desejei o melhor para mim, nunca quis ser o melhor para mim, nunca parei para olhar para mim. Nunca desejei uma bolsa de marca, luxuosa a ponto de querer dizer “eu consegui com o fruto do meu trabalho”.

Perdi “namorados” por ser considerada sem visão de futuro, sem ganancia e pouco ambiciosa. Obviamente, certo ele estava de querer algo que eu não queria. Eu nunca quis, sempre parei. Sempre questionei, sempre pensei. Talvez seja isso, talvez seja por isso que de modo nenhum, poucas pessoas ficam em minha vida. Minha intensidade acabou quando descobri que esse sentimento é mais irresponsável que romântico. Que se eu vivesse minha vida embasada e coordenada pela minha intensidade, eu estaria num futuro que nunca imaginei e nunca quisesse estar.  

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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