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Quem é?
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Porta aberta, vou entrar. Eba!
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Quem é?
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Eu, o sapo.
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Oh, sapinho como você é fofinho. De onde você é?
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Olha menina, não sei você, mas em minha espécie, desconsidero o inho. Não sou
mocinho.
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Não te chamei de mocinho e sim de fofinho.
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Não sou sapinho com inho muito menos fofinho. Estou crescendo e quero alimento.
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Ah, então por isso os voadores pequenininhos sumiram de mansinho.
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Sim, sim, obrigado. – Disse o Sapinho erguendo os ombros.
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Oh, não, você... Oh! – Disse assustada.
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Sim, muito apetitoso.
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Que terrível. Devolvam-nos. Agora!
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Não vai abrir minha barriguinha, vai? – Disse o sapinho assustado.
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Oh, não, não! Claro que não!
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Dizem que faço bem para o ambiente. Isso é verdade? Não responda, pois eu sei.
Eu faço bem e me alimento bem.
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Me parece que as seis horas você está aqui. Não é?
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Claro que sim, muitas vezes não está, a porta fica aberta e eu entro.
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Espertinho.
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Faminto. Estou em fase de crescimento. Esta casa é bem acolhedora.
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Conhece o tom-tom?
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Aquele gigante fedido? Sorte dele, pensei antes de jogar o meu veneno quando
ele se aproximou.
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Sim... – Concorda pulando de alegria. – Veneno? – Perguntou assustada.
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Ele me cheira. Um horror! Não cheira bem não e olha que fujo de certos tipos de
água. – Disse se gabando. – Não se preocupe, meu veneno não machuca, mas não é
bom não.
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Oh! Não, o tom-tom é um príncipe deixando-o você ficar. Foi bonzinho em não
tê-lo machucado.
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Sim, sou bom. Bonzinho não! Ah, e eu me deixo mocinha, eu entro e saio mocinha
e você nem sequer me vê-ê, muito menos este fedido ai.
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Mais que abusado!
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Abusado não. Faminto.
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