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sábado, 26 de setembro de 2020

TUDO EM PRIMEIRA PESSOA: EU NÃO TENHO SEGREDOS

 “Qualquer que seja o segredo, agora compreendemos que ele faz parte das nossas funções para o resto da vida. O seu resgate cura uma ferida que esteve aberta, mas mesmo assim ficará uma cicatriz. Com mudanças no tempo, a cicatriz pode doer e voltará a fazê-lo. Isso faz parte da natureza da verdadeira dor.”

Essa citação não é minha, mas quem tem o livro sabe que livro é. Desculpa, às vezes sou ciumenta. 😀❤


 

O problema não é eu sentir que não sou bem vinda, mas sim, as pessoas sentirem que fiz algo trágico, que as magoei, porém não trabalharam essa questão dos próprios sentimentos. Posso pedir perdão, ser outra pessoa, me tornar agradável, e concordar com tudo para ser perdoada, mas se a pessoa não se perdoou por sentir raiva e decepção, por ter sido enganada de alguma maneira, não importa o que eu faça, sempre serei motivo de insegurança e desconfiança. Quando isso ocorre, você me verá mais distante... e distante... e distante. Até eu sumir, desaparecer. Isso culmina na sua magoa eterna. Eu percebi e tentei, mas será que você tentou e fez por mim, o que eu fiz por nós?

 

Tudo começou quando pedi para ir no banheiro num instante. Por lá, percebi que as luzes se apagaram e meu rosto desapareceu no espelho. Não conseguia mais me ver por algum motivo e isso me impediu de hidratar meu lábios. Quando baixei meu rosto para pegar o celular na bolsa, questões de minutos tudo voltou a normalidade no ambiente, em consequência, eu sai completamente diferente de lá. Isso porque, antes do episódio da bolsa ter ocorrido, lembro de ter caído no chão, um completo desmaio e acordei em outro ambiente, completamente escuro e sem luz. Então tudo começou a partir do momento que sai do banheiro... Eu não estava bem.

É tudo uma farsa. Por algum motivo e razão minha cabeça achou que seria conveniente me enterrar viva e roubar a cena no palco da existência de minha vida. Contou para vocês que eu tinha segredos e que não podiam ser revelados. O inconsciente é perspicaz e posso perdoa-lo depois de saber o que ele é capaz de fazer. Ele é um espírito e um inquilino completamente desagradável. Em minha vida as coisas simplesmente acontecem e posso lista-los. Cometo erros, sou grossa, ignorante, mal educada, desagradável, omito verdades e como meu inconsciente sabe tudo sobre mim, e principalmente que recebo mais elogios que críticas por ser introvertida, decidiu despertar o medo e a insegurança em mim. Não sou perfeita e quando quero, faço um ato de bondade, me julgam na mesma ou na pior proporção quando faço um ato de maldade.

Quando o inconsciente passou a dominar minha vida, ninguém me reconhecia. Todos ficaram com medo e se afastaram. Não era boa em nenhum setor de minha vida, pois não buscava me esforçar por orgulho. Sempre culpava o outro, mas a verdade é que eu era a culpada. O inconsciente me prendeu num lugar muito escuro. Como ele gosta de guardar memórias e solta-las em momentos que vão destruir nossa vida quando estamos a um salto de vencer nela, percebeu a relutância de meu ego. Percebeu como o meu ego era forte. Se dói em mim a culpa é minha. Ele me impedia de chorar, pedir desculpas e ser humilde. A não demonstração dos sentimentos, tornou a situação pior. O perigoso é eu ficar presa para sempre. Infelizmente darei flashes estranhos, uns comportamentos irregulares... Minha luta diária será com meu inconsciente. Ele pode me tornar tão má quanto o ego é capaz. O ego tem a capacidade de cegar os olhos por duas horas, três dias ou mais. O inconsciente é capaz de cegar nossos olhos para sempre, nos impedindo de ver a vida de verdade, e abrindo as portas para a escuridão. Não há segredo nenhum. Nada que seja absurdamente assustador, pois conheço o meu inconsciente e sei que sou capaz de dominar os meus sentimentos tendo forças para não ser dominada por eles.  

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

A IMPARCIALIDADE DAS EMPRESAS

 

Imagem Ilustrativa

Olá, espero que esteja bem... Produzindo muito. 

Opinião e postura não fazem parte da tua conduta. Expor opinião e escolha é perder dinheiro. Tu bebe água num copo de requeijão e também num copo de cristal, coberto de ouro com pedras em diamante. Acho que te entendo, mas não te venero. A imparcialidade não tem lado, pode parecer um modo de justiça, mas te faz incoerente. É quase uma ditadura. A lei já está dada, e é da empresa. O fardamento está feito, e os teus seguidores usam-na... Tu sabes que é injusta, mas dirás que “a vida é assim mesmo”. 

Tu tem mais poder que eu... e muitos. Tu só existe porque te consomem. E se um dia, ninguém precisar mais de ti? Afinal, no passado, tu não estavas lá. Não tenho dúvidas que o(a) Senhor(a) olha para uma casa de 6,5mx31m e o compara com casa de cachorro. Perto dos milhões de quadrados de tua casa e da tua empresa, nem tu sabe mais o que te impressiona. Você já viu tanta coisa nessa vida, tanta maldade, tanta falta de ética e incoerência que a pobreza é um reforço positivo a tudo que você fez e faz. Afinal, se não trabalhasse moraria num bairro qualquer de uma zona precária. Vai me desculpando, você sabe ainda viver?

Por onde andou, prestou atenção de fato onde estava, ou estava preocupado com o terno, a reunião e o bom desempenho na apresentação para os sócios e futuros sócios? Dinheiro, mais dinheiro... E mais dinheiro. Eu também gosto. Saiba que gosto muito. Me imagino o que faria com a quantidade de dinheiro que o(a) Senhor(a) tem, mas me imagino também vivendo as consequências dessa vida fadada em destruir a vida das pessoas e ao mesmo tempo consertar com uma ajuda aqui, uma ajuda ali, um feito aqui...

Nessa ditadura, tenho abertura para falar verdadeiramente que a imparcialidade te faz ser uma filantropia enganosa?

“Vamos promover para o cliente saúde e bem estar...” “nosso objetivo sempre será o cliente...” “o cliente é o nosso maior, melhor e maior ‘lucruso’ sócio...” “água de torneira para Vosso Excelentíssimo Cliente...” “Nunca, em hipótese alguma, devemos maltratar o cliente...” “Valorizamos o cliente e a verdade, ética e o bem comum...”

Filas e mais filas... copo de requeijão e água de torneira. Você sabe pelo menos o nome do Jardineiro que organiza as flores da sua empresa? Na empresa tem flores ou o designer de interiores disse que “pode passar uma imagem frágil para possíveis colegas de negócios”.

Tu só me desaponta, me decepciona. Não me vejo no teu cargo, lendo tua história de vida, tua biografia e como sofreu até chegar onde chegou. A vida é como um rio, chefe. Psicologicamente, precisamos mantê-lo sempre limpo. Na tua autoridade, não duvido que se auto considere psicólogo. Resolve o problema de milhões de pessoas, como é incapaz de resolver os teus? Impossível.

Tenho tanta coisa para dizer, talvez eu volte... Não leve isso como uma crítica, leve como um ferrete. Assim mesmo como tu faz Nacional e Internacionalmente. Podemos considerar que sendo eu e você imparciais e não ditadores, posso expor minha opinião, sem ferir a imagem da empresa. Certo? Afinal eu também sou seu Cliente.

 

Obrigada por ler

At.te

quarta-feira, 1 de julho de 2020

TUDO EM PRIMEIRA PESSOA: EU FUI HUMILHADA PELO QUE PENSEI SER MINHA AMIGA

Histórias contadas em primeira pessoa que não tem um destino certo, muito menos personagens que existem. Vai partir da minha e da sua astúcia em acreditar na mentira e expor totalmente a verdade. Aconteceu ou não aconteceu?

 

Na minha concepção amizade acolhe todo tipo dor, amizade é abraço, é presença na ausência. O que fez eu enxergar tudo diferente foi um plano que fizeram para mim, em cima de minhas dores. Pode parecer que eu sou a moça coitada, juro que nunca foi a intenção.

Tudo começou quando tinha discutido com meus pais por não me deixarem sair. Já tinha feito todas as minhas obrigações como adolescente, inclusive obedecido todos os pedidos dos meus pais. Ficou certo que se eu cumprisse, teria qualquer pedido aceito.

 – Julia, se você fizer todas as atividades, você pode pedir o que quiser.

-  Sério? Tá bem. Óbvio que eu fiquei mega feliz.

Eu estava muito animada. Recebi uma ligação no telefone principal da casa dos meus pais. Era minha amiga, me chamando para uma festa na casa do Antônio. Fiquei muito feliz, já sabia que tinha feito todas as atividades que meus pais solicitaram, logo, um não era impossível de ouvir.

- Não!

- Como assim mãe?

- Não. Não é não Júlia. Que horas termina essa festa?

- Cadê meu pai? – Disse eu com lágrimas nos olhos. – Cadê o meu pai?

- Seu pai foi na casa do seus avós. Julia ele trará notícias.

- A senhora não pode fazer isso comigo, por favor. Eu fiz tudo que vocês me pediram.

- Filha, pelo amor de Deus! Recebemos uma ligação de urgência da sua tia, não sabemos o que é, e temos que respeitar até essa notícia chegar. Você sabe que seu avô está em processo de recuperação da cirurgia do coração.

- O que eu tenho com isso, mãe?

- Julia, desconheço você. Cadê a menina doce e gentil que eu eduquei?

- Está perdida e cansada mãe, está bem? E a culpa são de vocês dois.

É, realmente a situação não estava fácil para mim. Senti quando minha mãe falou do meu avô, logo as emoções se misturaram. Eu não sei entender que pode ter outra festa, na minha cabeça essa vai ser a melhor festa e meus pais mentiram para mim de uma maneira imperdoável, para uma menina doce como eu.

Quando a Isabeli me ligou, disse que vinha me buscar em casa de carro com o irmão dela. Não falei com minha mãe final de tarde e início da noite, passei por cima da autoridade dela, e me vesti para à festa. Meu coração estava em cacos, lógico. Estava querendo falar com alguém e expor tudo o que eu estava sentindo. A raiva era descomunal, mas eu não entendia o porquê estar acontecendo justamente comigo. A Isabeli era a mais bem cotada para me entender, estava esperando-a na escada que dá direto para o portão de entrada da minha casa. Vi pelo telefone ela chegar, mas logo ouvi o carro do meu pai também. Só sei que entrei. Entrei no carro e não falei com ele. Lá estavam os dois. Isabeli queria comer já que saiu de casa sem ter colocado nada no estômago, eu nem me lembrava o que havia comido. Então paramos onde ela costuma comer quando vai a festas. Ela pediu um refrigerante, eu pedi água de coco para hidratar.

- Essa festa vai ser demais.

- Que horas eu tenho que buscar as damas na festa? –Perguntou Henrique.

- A Júlia te liga. Não é Júlia? Ela é a mais propensa a não beber nada que turve a visão.

- Júlia?

- Sim, eu ligo para você Henrique.

- Posso falar com você antes de chegarmos lá? Isabeli não estou aguentando. Trouxe até maquiagem. – Falei baixo.

 - Está bem.

Henrique parou na esquina da festa... Ou melhor, na esquina da casa do Antônio, eram tantos carros que ficava impossível de não identificar que era lá.

- O que foi Júlia?

- Sua vida é tão perfeita, você é feliz todo dia, sabe se comunicar com os professores... Isa, não sei mais o que fazer. –Disse quase entrando em prantos.

- Como? Eu não entendi Júlia. – Disse meio irritada. – Minha vida é perfeita? Como sabe? Sério que você parou aqui para querer chorar na esquina da casa do Antônio? Eu não acredito. Eu realmente não acredito.

Fiquei sem entender. Achei que os carros fariam a cobertura de nossos rostos, mas a Isabeli viu outras amigas dela e logo levantou o braço. Elas chegaram em direção a nós e me viram em estado pouco diferente do que pede uma festa.

- Você ainda anda com ela? – Perguntou Larissa

- Mas você disse para mim que não gostava dela. – Afirmou Giovana

- É Lari e Gio, não gosto dela, tentei, mas não dá. É uma invejosa, falsa. Disse que minha vida é perfeita. Como amiga ela é uma ótima inimiga. Ainda bem que tenho vocês.

- Que? O que você está dizendo Isabeli. Está louca? Eu não tenho inveja de você, me escuta.

- Louca eu estava quando te convidei. Não vou escutar. Fique você com seus problemas.

- Acho melhor entrarmos. Disse Larissa. – Também acho. O clima aqui não está legal. – Concordaram.

- Não me chama amanhã na escola Júlia, eu não existo para você.

Estou desolada. Não tenho pais, agora não tenho amigas e a Isabeli vai espalhar para todos que eu tenho inveja da vida dela. Sentei no chão da rua e lá fiquei chorando. Recebo uma ligação da minha mãe e sem pensar, atendo em lágrimas.

- Mãe, por favor, me busca aqui. Me desculpa.

Depois desse episódio, pedi desculpas aos meus pais. Minha mãe disse que meu avô estava bem, queriam fazer uma festa surpresa de recuperação e meu pai precisava ir, não deu tempo contar e minha mãe entrou em desespero. Contei tudo para minha mãe dentro do carro na volta para casa e, ela logo pensou em uma psicóloga. Ela sabia que o final da adolescência estava mexendo comigo e com ela, e não sabia como ajudar, mas sabia quem podia me ajudar. Como mãe, talvez tenha sido um dos maiores atos de amor e coragem. Com relação a Isabeli, nos falamos, mas não somos tão mais amigas.

terça-feira, 2 de junho de 2020

O MUNDO E O CAOS


O mundo está um caos lá fora e daqui a pouco tenho que sair. Como posso dizer que estou feliz com toda essa tragédia acontecendo? Não sei se minhas preocupações aumentaram ou o caos está fazendo eu enxergar o sofrimento de outra forma. Em qual parte eu tenho culpa? Como posso ajudar? A consequência da empatia é a justiça. Por isso é tão difícil ser justo. Abdicar da nossa alegria em prol do sofrimento alheio é uma prova de amor para quem não amamos, para quem nunca vimos, para quem não conhecemos. O mundo está um caos, faço parte dele, mas não tenho poderes suficiente que me protejam de uma enorme e cicatrizante ferida em minha identidade. Pode ser eu um dia, eu sei, mas eu somente sei, nunca passei. Imagino passar, mas não consigo imaginar sentir a dor. Como faço para ser mais justa e menos egoísta? O mundo onde vivo e da qual pertenço está acabando aos poucos e eu não posso fazer nada para salva-lo.... Nada o suficiente que repare anos de lutas, e lágrimas de pessoas inocentes. Eu não sei ser justa, mas sei olhar para o meu sofrimento e questionar sobre o porquê ele existe em mim. Já não há tristeza demais lá fora? É preciso eu ver com os meus próprios olhos o que é, para fazer sentido eu não ficar triste por qualquer coisa? Dentro de mim, um enorme iceberg se desfaz, uma geleira enorme se constrói. Não para de crescer... É grande. Guarda os meus sofrimentos e a educação de ser empática, aprender a ser empática como aprendi a escrever meu próprio nome. Ela não pensa em desaparecer.

Amanhã, depois de amanhã, irei sair e terei que encarar dois monstros: a minha geleira e vários tornados no centro da cidade e em todo o mundo.

Os menos afetados dizem que é obra de Deus, são abençoados por conta da riqueza que têm. Não consigo entender essa justiça divina que os ricos interpretam. Numa sociedade tão desigual em todos os aspectos, a bênção é sinônimo de dinheiro? Os menos afortunados não tem a bênção divina então?

Essa interpretação, talvez seja mais uma mesquinharia da classe mais alta da sociedade. Partilha um pão e fica com a ceia completa, papel o suficiente para fazer outra. Num mundo desigual, o dinheiro reina, decide e julga quem é merecedor de estar vivo ou... Com asas. O mundo está um caos lá fora, e os mais ricos querem dar um diamante em troca de um leito, com o respaldo de serem os escolhidos por Deus para estarem vivos, enquanto outros, nada fizeram para serem pobres.

Amanhã eu terei que sair, estou triste, mas não só isso, preciso nunca esquecer do que estou vendo, vivendo e observando não só eu como as pessoas passarem...

Os meus sonhos estão lá fora, dentro de um tornado qualquer... E o que eu fiz para perde-los se nunca os tive? Nem ao menos pude lutar para conquista-los. Sou divinamente incapaz de ser abençoada? Incapaz de conquistar meus sonhos?

O mundo é seleto, mas eu faço parte dele, logo, eu quero estar na lista de seleção de forma justa.

De fato, o mundo está um caos.

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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