Sinto-me insegura contigo. O teu jeito impenetrável é torturante. Na santidade, meu corpo se entrega a energia de duas almas e não de uma, somente. Quero dizer-te que sinto o calor incontrolável de tua virilidade e a pouca empatia do que resta de minha crença no amor.
Juro a ti que se houver outro depois de nós, cairei na desgraça de ser uma mulher amargurada e feliz. Amargurada por ser atraente e cativar olhares, feliz por estar sozinha. Penso em parar todos os poucos cuidados que tenho, e logo desisto de pensar em desistir de viver e iluminar meu corpo. Não há sonho maior para uma mulher que uma boa noite de amor, uma boa quantia em dinheiro, e um amanhecer feminino.
Deveria ter pensando antes de me deixar adentrar em teus pensamentos.
Deveria ter sido mais transparente, antes de eu ter visto pelo reflexo do teu olhar, a história verídica.
A verdade se diz ser apenas uma, meu príncipe, mas se dissesse que amava todas as mulheres do mundo, me sentiria livre, sabendo que te amar, envolveria o teu amor e outras dezenas de corações apaixonados... a dor seria verdadeira e não uma construção psicótica de minha mente. Poderia sentir que em volto de tantos outros corações, escolheria uma. Quem me dera fostes eu.
Sinto-me insegura à maneira como não controla a estrada de nossa história; é estar numa esteira mortífera, enquanto não fazes nada por nós.
Sinto-me insegura contigo e com qualquer outra pessoa. Não há nada que não sei; sei que não sei de nada. Isso é suficiente para não me acomodar em nosso amor. Em minha vida.
Sinto tanto que sou feliz, e me orgulha saber fingir tão bem.