Se
hoje nos reencontrássemos, teria vários pedidos. Qual medo? Que medo? A vida é
só uma. Tenho dito que meus pedidos não seriam os mais equivocados e não
exigiria de sua carteira, suor em excesso, ela trabalharia o suficiente para
nos alegrar, e confortavelmente preenchida sem tanto sofrer. Com amigos homens,
nós mulheres jogamos sujo, os homens jogam pesado, há uma diferença muito
grande. Enquanto vocês partem nossos corações, se iludem ao cair no conto da
mais difícil. Quer uma dica? A mais bonita e a mais difícil, vai fazer sofrer.
Quer outra dica? Você vai insistir, você tem que provar sua masculinidade, não
é verdade? Caçador em selva, não é nada se tem armas e não acerta o animal.
Quando as meninas brincam de boneca, brincavam antigamente e fantasiavam vocês,
vocês meio que não existiam. Passaram a destruir nossas vidas quando colocaram
na cabeça que: queríamos. Nós até podemos querer, mas temos medo e o medo nos
leva a fazer certo charme, quando não os pais se envolvem e se transforma na
peça romântica e dramática.
Pensei
em um amigo, este que está distante e não temos mais qualquer tipo de contato.
Fizemos de nossos votos Lei sem qualquer furo ou desrespeito – vamos tentar,
qualquer coisa seremos amigos para sempre. Éramos tão iguais que hoje não faríamos
muito sentido juntos, por que meu reflexo em um homem, traria problemas no
divã. Meus caros, o amigo para sempre não foi para frente, por que a paixão
subiu de nível e a carteira, sofreu muito durante os voos em períodos difíceis.
Estava cada vez mais difícil ficar longe e, escolher o que era prioridade em
nossas vidas. Duas cabeças tão mecânicas que iriam sofrer, mas não voltariam
atrás por qualquer decisão e acreditem, nada de amor, tudo razão. Vou dizer que
demos tão certo, que não estamos juntos hoje, me baseio nos amores mais lindos,
que por algum motivo na tragédia, teve algo belo. Me basear é uma referência,
nada literalmente fundamentado
Diante
deste fato, de mágoa e idades a baixo do permitido, crescemos. Ele já tinha o
suficiente para ir e vir e aproveitar as belas ruas de cabo frio.
Eu
não sinto falta, e o não sentir é ter um afastamento emocional tão absurdo que
não desejo nada. É uma fumaça do passado. Às vezes sou dura, mas digo isso
porque sendo ele quem conheço, pensa igual ou pior, mas pra compor essa história,
e fazer pular a imaginação de quem ler, decidi quebrar as regras que tenho
comigo mesma para contar o seguinte...
Hoje,
se nos reencontrássemos, eu terminaria a brincadeira, alugaria uma casa com
móveis, faria um casamento sem convidados e finalizaríamos o que nunca foi concluído.
Diria para você o que disse quando acreditava gostar de mim: “nossa amizade vai
acabar”. E acaba, não dura e nem
pendura. Amores assim, como o meu, são tão dolorosos que não merecem histórias
reais e biografias, precisam ser esquecidas e, se não, perdoadas e liberadas
para serem consumidas pelas células destruidoras de histórias antigas. Paixão
quebra todas as regras cristãs, o amor talvez não, por que há mais luta e razão
equilibrada, não aquela de quem é melhor ou pior. E eu faria isso: alugaria, me
vestiria de noiva, colocaria o anel só pra confirmar o que você sempre disse
sobre minha maturidade: não estamos brincando de amor. No fundo, estávamos e
você não percebeu. Os amores crescem, as pessoas se distanciam e, por favor não
toquem no assunto. Fumaça quando junta, ou afoga ou cega todo mundo. E no fim
foi divertido, tirando que você até provou sua masculinidade, mas meninas difíceis,
fazem meninos sofrerem.