Não especifiquei, vai soar contraditório e generalista, mas talvez seja essa a intenção, ou não.
Olá espero que esteja bem...
Imagem Ilustrativa |
É mais que angustiante, é frustrante saber que existem pessoas que não gostam uma das outras, pelo simples motivo de não haver um. Pedir para que isso acabe é como contar estrelas no céu ou as ondas do mar. É tipicamente impossível. No momento virtual que vivemos a falta de responsabilidade em relação ao comportamento que temos que ter em relação ao outro, perante uma situação que não se aproxime a nossa, é de extrema apatia. Essa capacidade que a internet tem de promover uma vida cheia de luxos e felicidades, seja por trabalho ou momento, nos deixa um tanto quanto, confusos. Quando o assunto é criança, é algo mais delicado. No dia a dia já temos isso de as pessoas já estarem desgostosas com a vida, e o primeiro que aparece, sem ao menos conhecer já é o seu/nosso maior inimigo ou aquela pessoa que tu não quer ter amizade. Virtualmente o mar aberto e escuro dá essa sensação de liberdade, solidão, e ecos da nossa própria voz; o susto ocorre quando há retorno de som. A responsabilidade tem que partir de quem publica e de quem visualiza. O menos entendedor vai saber que a publicação tem um direcionamento para um público especifico e tem um objetivo
Não
quero me adentrar nisso. A questão relevante, diante dessa expansão de vidas
sendo mostradas como janelas abertas, e vizinhos sentados na calçada debaixo da
árvore, trouxe o sentimento de maldade. O mal-estar do outro é o novo alimento
da felicidade. É interessante pensar que o conceito de felicidade, até pouco
tempo atrás - não sei se ainda é -, seria cachorros correndo no parque,
caminhada ao ar livre, andar de mãos dadas, férias... Enfim. Hoje - o que não significa
a ausência do ontem e do amanhã - hoje,
as pessoas ficam mais felizes e satisfeitas com a infelicidade alheia. A troca de emoções, grupos com situações não
tão bem resolvidas que geram frustração entrando em páginas de pessoas para
denegri-las é exatamente o reflexo da sociedade, só que sem máscara. No dia a
dia, temos a capacidade de ceder nosso lugar, dar bom dia às vezes, sorrirmos
para uma senhora que não conhecemos e seguirmos nossa vida. Na internet e até
mesmo fora dela, as ligações de empatia estão totalmente desligadas e de
apatia, ligadas sem ano para desligar. O meio virtual é importante, acho que
combater esses comportamentos são fundamentais para não dividirmos a vida no
virtual e no real. É apenas uma vida, isso é justificativa antiga, sem qualquer
tipo de relevância, que precisa ser notada e entendida como um todo. Não existe
o real e o virtual. Não somos o que postamos, mas podemos nos tornar pessoas
que nunca imaginávamos que seriamos. Para o bem ou para o mal, é sempre bom ter
cautela e pensar antes de qualquer atitude por impulso. Digo isso para eu
mesma, pois todos estamos abertos a viver esse tipo de situação... Mas enfim, se
não dá para confiar totalmente em um desconhecido pessoalmente, imagina
virtualmente. Soa contraditório sim, infelizmente. É fato que existe só uma
verdade e uma versão dos fatos, mas cada um vive essa verdade e esse fato de
maneira diferente, que o torna subjetivo, levando a contradições, ataques, e
claro: uma felicidade genuína em ver, saber que o outro está infeliz, em sofrimento,
e sozinho.
Obrigada por ler
Beijinhos!
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