Olá, espero que esteja bem.
São
muitas dúvidas e muitos questionamentos para poucas respostas. A existência tem
esse querer de saber à linha tênue dos porquês, e não suficiente, cada um com
respostas que tenham o mesmo sentido e uma única verdade. Os questionamentos
são válidos, se afundar neles é o problema. Cada pergunta terá uma resposta
diferente, e se não, hipóteses iguais acerca de perguntas diferentes.
É muito
ambíguo essa relação da crise existencial e de perguntas que às vezes nossa
alma/psique – como queira entender – tem capacidade para responder e processar.
Me conforta saber que não terei respostas para muitas perguntas e, que essa
ausência de respostas, seja a solução para um angustia inapropriada. É válida?
Digo, o que sente, a angustia que sente, ela é válida e faz sentido?
As
pessoas que nos dão soluções para os problemas da vida e como enfrentar
nossas inquietudes e sofrimentos, são aquelas que já passaram por essas
inquietudes e sofrimentos, mas não significa que estão imunes de não serem
tocados outra vez, por outros motivos. O impacto pode ser menor, mas a
inexistência do sofrimento é impossível. Novas perspectivas de vida estão se
abrindo a todo instante, modificando cada vez mais, e desatualizando
dicionários e cartilhas de “como
sobreviver, adaptar e organizar”. Tenho meus sofrimentos e inquietudes que
não são resolvidas somente com cartilhas. Hoje, o adjetivo que agrega a frase é
mais importante, amanhã, pode ser o verbo, porém a questão é que a frase faz
sentido de forma completa. Terá sentido entender o sentido? Já se perguntou
isso? Por que eu já. Na busca do sentido, ao encontra-lo, será o suficiente?
Então é melhor descartar o “viva hoje”?
Na
busca do sentido podemos reparar sentimentos que corrompem nosso ser e machucam
nossos pensamentos acordados ou quando vamos dormir. Na busca desse sentido,
estamos preparados para entender o sentido?
Nesse
ponto é sempre bom o calar e, o silenciar. Talvez acalme e relaxe o não saber.
A proporção que a angústia e a ansiedade nos causam desconfortos e paralisam
nossas vidas, devem ser proporcionais à nossa não preocupação com o sentido de
ser quem somos, e por que estamos. É um peso e uma culpa que não merecemos
suportar, e se te culpas por qualquer coisa, deixa o ombro pesar um pouco, mas
não tanto. Os questionamentos existem para mobilizar pensamentos que deixamos
de pensar e questionamentos que deixamos passar.
A
crise existencial é o retrato do que nós como crianças, não sabíamos. Tivemos
que descobrir perguntando, vivendo, chorando e pedindo. Assim seja.
Sabe
qual o problema da cartilha? Ela te dá as palavras, mostra o caminho, mas não
estuda que cada ser humano tem um caminho diferente, por mais que a estrada
seja igual.
Obrigada por ler.
Beijinhos!
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