O mundo de qual refiro, sou eu mesma. E tudo bem, ficar por isso mesmo.
Aprendendo
a ser intensidade num mundo de vazio. Dentro do eu vaga intensidades e vazios
que incorporam toda o meu ser. Se dissesse de onde são, teria que vasculhar
lacunas obscuras e desconhecidas. Passando por toda essa mudança, não há um ser
que se preocupe ou que se importe como estão indo as coisas. Mas não preciso de
uma simples pergunta para mostrar o óbvio, não é uma simples resposta que vá
sanar tudo. A vasta mudança traz a companheira solidão, a tremenda alegria, os
vários companheiros que andam juntos, fases da vida que não podem ser negadas.
Não sabia que dentro do meu ser, cabiam centenas e milhares de sentimentos. O
silêncio. Tentar entende-lo; me pego sorrindo. E as expectativas não cabem, bem
na realidade, isso todos sabem, as vivências são completamente diferentes, isso
todo mundo também sabe, a maneira como lidamos as diversas situações é de cada
um particular. É bem singular o jeito que dentro de minha vasta existência egoica,
morem sentimentos que precisam ser explicados por outras pessoas. Se pudesse me
surpreender, olharia as atitudes que fiz e faço, e não precisaria entender o
sentimento depois de assim, o fazer. Nem
assim me surpreenderia. Talvez fosse algo normal e sem partilhar, pensando assim,
sentimentos guardados, uma pessoa totalmente suficiente consigo mesma.
Não
existiriam livros, histórias e mentiras... Se assim fosse, não existiria
evolução se todos soubessem viver no silêncio, na solidão e na intensidade de
nosso ser. É na busca de entender todos esses sentimentos, que tudo faz
sentido. Uma mínima descoberta, uma gratificação. Talvez nossa incompletude
seja a fonte de toda nossa vida. Tentar entender a nós mesmos, seja o árduo trabalho
que temos para então ficarmos satisfeitos. E se mesmo assim, não fizer sentido,
provavelmente deva ser normal, talvez seja o nosso normal, a busca pelo
bem-estar.
Imagem Ilustrativa |
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