Queria
eu ser egoísta fácil e, dizer que não quero mais estar ao lado nos dias de
chuva e nos dias de sol. Encontrei outra pessoa, não quero mais, seguir em
frente é a melhor solução.
Duvido
muito que isso aconteça, pensando bem nas consequências. Nesse meio tempo de
vida ou no tempo que venho vivendo, fiquei esperta o suficiente para entender
que tudo, absolutamente, não importa o tempo, volta para tirar satisfações. Meu
coração já acostumou-se a cicatrizes; ferir, abrir e cicatrizar. Digo que sou
mais forte a quem estou do lado, mesmo com marcas de dor. Ao meu lado, sei quem
está, conheço a mim o suficiente para não aguentar o adeus, por que já me
fizeram isso demais. E quando você não quer para si, conhece a dor da despedida
eterna e, da importância dos momentos, não quer machucar e ferir quem ama.
Suporto o balançar no barco aberto, a chuvas de pedra, dias sem água, semanas
sem alimento. São dores que não comparo, situações que não me culpo, posição
que não julgo.
Egoísta
por ter a plena certeza de quem está ao meu lado é fraco o suficiente para não
conseguir suportar, o que eu suportei. A cada tempestade as águas ficam mais
longe e, é só água. Não é fácil, não é fácil procurar o chão no Oceano e,
manter o controle quando as pernas cansam. Queria eu ser feliz o suficiente
para achar outro alguém, sem pensar que uma pessoa de verdade quando é
duramente machucada por amor, não quer mais amar por algum tempo indeterminado.
Nunca conheceram a solidão aqueles que não foram abandonados. Ela aconselha, te
dá as piores ideias, mas o melhores conselhos. O medo, ah o medo! Se não fosse
por ele as pessoas não pensariam antes e, se não fosse por ele as pessoas
pensariam.
A
dor é forte, impossível de enganar, difícil de não mostrar, mas prefiro ficar
com você sem amar, de que me e te ver sangrar. Se teu coração fosse sujo,
pensaria, mas não é.
Nenhum comentário:
Postar um comentário