Imagem Ilustrativa |
“Vem,
junta todo mundo. Xis!”
Um com cara de raiva, outro
sorrindo, outro fazendo com os dedos um sinal na cabeça no amigo da frente. O
da frente com a mão no queixo o da esquerda tentando impedir. Alguns deitados
no chão sorrindo, outros, fingindo estarem mortos.
Olá, espero que esteja bem...
Bom.
Assim para mim é um foto legal. Bem antes quando o “xis” foi substituído por
“esse não é o meu lado”, “tira outra”, “aqui o sol está perfeito”.
É,
eu sei! Parece que estou massacrando fotógrafos profissionais e ensaios
artísticos e belezas naturais do mundo.
Não.
É
que, escrevendo no caderno, pensei sobre atualidades e me vi completamente nela
óbvio.
Ângulo,
lado, efeito... Relaxa.
É
que os tempos mudando, é preciso se adaptar e, não sei se fui vítima ou “Maria
vai com as outras”. De uma forma ou de outra, vão te fazer sentir assim, você
vai precisar mesmo depois pensando: Por quê? Para quê? Como? Qual a
necessidade?
É
que não tem necessidade, também não sei se é vaidade... Pode ser o medo de não
ser de nenhum grupo. A escola cresceu, abriu seus horizontes e ficou pior. Ela
estendeu e esbarrou com a vida.
Os
ensinamentos da vida são diferentes da escola, mas parece que a escola quer ser
uma multinacional e fazer acordo com a vida.
Petição para acabar e separar essas
duas.
O que isso tem a ver com fotos? No
raciocínio do meu texto, tudo!
É
chamado para foto quem é legal, quem faz parte da turma.
Ah,
meu Deus!
A
vida vai te exigir muita coisa, mas ela vai te excluir o dobro.
Exemplo?
Selecionar amigos. Não é preciso colocar cara feia ou ser indiferente. É possível
conversar e respeitar, sem excluir. A vida nos da maturidade, coisa que a escola
faz questão de “prender”. O foco são notas.
O
que isso tem a ver com fotos?
O
tempo, entende?
Quando
se é maduro, você sabe dizer não com respeito, pensando em magoar o menos
possível, exceto quando os nervos estão alterados ou “a flor da pele”?
Enfim.
Antes
a solidão era inconsciente, mas era compartilhada sem sabermos. Hoje?
“Vem,
vamos fazer uma foto. Faz pose”.
“Até
mais. Tchau...” ou nem isso.
Depois,
resta a foto bonita. O que temos a dizer dela?
Pode
ser. Pode me chamar de careta, chata, hipócrita... É que faz parte “Maria vai
com as outras”.
É,
você até pode me chamar, mas minha essência é mais real de que qualquer foto
bonita.
Obs.:
Aos fotógrafos não se sintam ofendidos. Quem gosta de ‘selfisear-se’ também
não.
Eu
também faço.
Obrigada
por ler
Beijinhos!
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