sábado, 14 de outubro de 2017

PEDI PERMISSÃO PARA AMAR EM SILÊNCIO ATÉ ESTAR PREPARADA






Andava por vales escuros, portas desconhecidas e tentadoras. Me levavam ao pecado sem acreditar no brilho da fé, esperança e graça. 
Estava em pratos, à Beira de um abismo. Foi quando Deus tocou meu coração no momento mais crítico e severo de minha vida. 
Esse é o relato de Helena. 
Não queria em hipótese alguma ser vítima de crueldade, por isso o negava, sentia vergonha, e não conseguia entende-lo. 
Como poderia ter amigos se me via completamente derrotada?
O conceito já formado era dos pecadores buscando a Deus no último suspiro, no penúltimo, depois de todos ao meu redor não me suportarem mais. Entrei em um caminho escolhido, porém com um toque mágico de destino para entrar em uma das mais violentas, perigosas e amada das aventuras.
Olhava para o mundo e percebia que dependendo de minha escolha, minha vida mudaria completamente.
Lidar com isso me maltratava já que na televisão os casos de abuso e mentira eram acobertados ou simplesmente não passavam. Me sentia concordando com tudo que era contra, mesmo fazendo igual ou pior. Por outros olhos, percebi que eu não era aquelas pessoas e que minha vida era entregue, estava entregue e fadada ao fracasso se pensasse assim, persistia em acreditar, silenciosamente, no que dizem não existir. No que dizem ser um farsa. Pois assim decidi acreditar na mentira da qual tantos falavam e julgavam, apesar de todo histórico cruel, sem igualdade ou voz direta do meu eu. Tinha que decidir que tipo de vida queria levar, porque o abismo no qual me encontrava, companhia nenhuma me despertava o interesse de mudar, de buscar algo diferente da qual nunca imaginei.
Estava em prantos buscando uma solução para minha vida depois de toda luxuria, amor e pedaços de coração espalhados por todo lugar. Pensei no meu coração e, como pude ser tão cruel com ele a ponto de andar e deixa-lo simplesmente cair, sem olhar para trás com misericórdia, desespero ou preocupação de perde-lo por inteiro.
 Por que não me importei em juntar todos os pedaços?
Por que não pensei que outras pessoas, meio a rua, pisariam e machucariam cada vez mais?

Tão confusa por essa decisão que mudaria meu pensamento, me afastaria de pessoas das quais gostava e gosto muito, com um bônus extra de ser considerada a mais nova louca e insana do clube.
Depois fui tentar entender porque tamanho rancor, receio, vergonha e infidelidade sentia.
Eu não queria entrar em uma briga para fazer alguém acreditar no que eu acreditava, no que eu pretendia passar acreditar para não perder minha vida. Pensava em minha experiência individual como sendo de mais ninguém, sem partilha alguma, mas não sabia que podia ser compartilhada. Na minha cabeça, enfrentar os dragões era uma luta da qual sairia derrotada, porque de fato não sabia se era forte o suficiente para defender quem não conhecia, mas tinha o meu singelo amor.
Nos primeiros momentos me sentia estranha, não aceitava minha escolha e por vezes pensava se poderia ser a melhor escolha... É melhor ser jovem e livre do que me prender a um tipo de história que poderiam me trazer problemas e desilusões.
Não tinha mais para onde correr ou a quem recorrer. Quando tentava fazer isso, as pessoas que me cercavam me orientavam a diversão, uma diversão que me traria problemas. Desses problemas entrei em um tipo de cegueira, pensava eu não estar, mas poderia se agravar e se transformar em uma doença sem cura. Digo que quando isso acontece, a cura para esse tipo de doença é a presença de males te proibindo de viver a vida. Viver a vida sem tentativas de liberdades utópicas e inalcançáveis. Eu estava morta e, poderia finalizar o final de minha vida.
O abismo é escuro, não tem presença. Você sente frio, medo, angustia, e é tratada como alguém sem importância. Seu coração fica em pedaços, sua alma perde o brilho e por dias você é colocada a se segurar sozinha em um dos troncos, presentes na beirada da escuridão... Uma tentativa de “até onde posso suportar?”

Sentia que seria mais uma vez excluída, o medo tomou conta de mim. Fosse normal passar por tudo isso, já que as coisas não são fáceis e sair de um caminho tortuoso e confuso para recomeçar, com certeza me traria desilusões, dores físicas e psicológicas e de fato a loucura. Por tempos fiquei em silêncio, lendo, tentando aceita-lo. Percebi meu egoísmo e não entendia porque era egoísta se todos conheciam esse amor.
Iniciou-se a saga da inferioridade... o medo de desapontar, o medo de ser uma farsa concordando com outra, medo de acreditar sabendo na mentira, medo de desiludir as pessoas que acreditavam do fundo do coração no mais puro ágape. Me olhava tão pequena que palavras e textos com sabedoria eram pauta para pessoas dais quais não me encaixava. Logo eu, aquela que saia as noites e subia em mesas de bar para ser a mais vista, se escondendo de pessoas que usavam roupas dais quais nunca vi e não se importavam sobre quem você era, quem você foi... Eles se importavam como lidaria com toda aquela pressão.
Então, pedi permissão para amar em silêncio, sem muitos alardes até estar definitivamente preparada para amparar outras pessoas, mesmo estando amparada pelo senhor. Me sentia completamente refém dos meus medos e das minhas inseguranças. Sentia vergonha disso. Não queria ser filha ou princesa do pai, sem antes entender que propósito ele teria para mim e, se de fato, como boa filha, estava cumprindo o que pedia.

Foi quando respirei bem fundo e um pensamento me veio à cabeça: “Viva e não se console com palavras que não sustentam sua vida, acredite no que é ideal para você. Não se deixe assustar por pessoas que sujam o meu nome. São essas pessoas que fazem de ti, minha filha especial e preciosa, um anjo amedrontado que se distancia de mim. Te recuam a acreditar no propósito do amor que pregam, nas leis e na justiça com consequências que dizem para acuar os mais fracos, e traze-los assustados para o meu templo, com medo de serem castigados da pior e cruel maneira. E o filho, joga todos aqueles que vendem e fazem da casa do pai, morada para vendas ilícitas; Mateus 21:12-17. Te fazem recuar a não acreditar no verdadeiro propósito do meu amor e no significado que sua vida tem para mim.”

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DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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