Acredito estar sendo uma das melhores viagens que estou fazendo. Como boa turista no próprio
Brasil, fui como estava quando acordei. O tempo estava dos melhores, então sem
preocupação. Andamos pela rua até chegar ao centro principal da cidade que em
meus olhares, era meigo. Tinha um mini shopping, então Bárbara me levou até lá.
Entramos em uma loja de departamento e farmácia, escolhemos algumas coisas necessárias
como kit urgência, absorventes e mais biquínis, perfumes, roupas abaixo do
preço e outras coisas além da diversão. Era tudo muito perto, um desvio de olhar e, era possível ver produtos em outra loja.
Um menino esbarrou em mim. Ele estava sem camisa, nada de corpo escultural ou
algo do tipo. Usava boné para trás e me pediu desculpas. A batida foi tão forte
que cai ao chão, meu óculos se perdeu e eu sinceramente fiquei envergonhada.
Muitas
desculpas entoaram, tinha acabado de acordar, meio aérea da viagem não gritei
ou algo do tipo, mas ele se prestou e convidou eu e Barbara a participarmos da
festa de ano novo. No lugar que meu pai se recusou a dizer onde era, as casas
alugadas eram próximas umas das outras, a caminhada era a mais gratificante que
tinha, já que a vista e o som era o mar e o barulho dele.
Nos
apresentamos educadamente já que no Brasil, Natal e final de ano são datas que
nos despertam emoções completamente positivas.
-
Me desculpa, me chamo Nicolas.
-
Prazer, me chamo Bianca. Afinal, o que aconteceu?
Ele
recolheu meus óculos, envergonhado, tentou me contar a história.
-
Na verdade estou com um grupo de amigos e, na euforia decidimos correr.
-
Correr, por correr?
-
Não! Fizemos uma aposta. Estávamos jogando carta e apostando dinheiro. Sua voz
saia com ar, o suficiente para ele pedir uma cadeira de plástico e se sentar.
-
Final de ano. Sabe como é não é? Primeiro final de ano com os meus amigos.
-
Ah, entendo. Só presta mais atenção, poderia ter me machucado mais. Está bom?
-
Me desculpa.
Eu
e Bárbara decidimos voltar para casa, não que o clima tinha acabado, mas havíamos
esquecido do que faltava comprar. Tive que olhar para trás e vi que ele ainda
estava sentado, foi quando chegaram os amigos que ele falou.
-
Você está machucada? Bárbara verificou quase todo o meu corpo
-
Não. Está tudo bem! Estou tão anestesiada do sono que não saiu voz para gritar
ou fazer escândalo.
Senti
mãos em meus ombros e me virei.
-
Bianca e Bárbara, certo?
Era
ele e os amigos.
-
Sim.
-
Nosso caminho é por ai também. Se incomoda de seguirmos com vocês?
Bárbara
e eu nos olhamos sem qualquer desacordo.
-
Sim, sem problemas.
É,
você pode estar pensando que não dei qualquer olhar diferente para o Nicolas,
mas eu não contei o real motivo de não ter feito escândalo.
Depois
daquela queda, senti em meu coração que tudo seria muito bom. Tudo levava a ser
o melhor final de ano que poderia lembrar.
Vou
até te contar os detalhes, os mínimos ainda não.
Na
caminhada não parávamos de falar, ele me ensinou em teoria a como se manter
equilibrado no skate e, tentou me dizer o melhor lugar para ver os fogos de artifício. A curta caminhada pareceu tão longa que só conseguíamos rir e nos
divertir. Chegando na casa de praia, ele me beijou o rosto, dizendo ser a
melhor coisa que havia ocorrido até aquelas horas com ele.
Depois
da despedida para uma menina de dezesseis anos em um lugar paradisíaco, pelo
que lia nos livros, poderia ser amor de verão.
Tive
a certeza quando ele não parava de sorrir para mim.
Estava
feito.
-
Nos vemos amanhã Bianca. Hoje vamos sair...
Uma
voz ecoa bem de cima da casa. Era minha mãe.
-
Bárbara! Bianca!
Era
minha mãe.
-
Tenho que entrar.
-
Tudo bem. As férias estão começando hoje, ainda vamos nos ver muito. Isso te
garanto.
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