Muito não é? É quase uma
provocação. Olhares tortos, indiferença. A mentalidade é que o topo vai chegar
e eu não vou precisar de você. Você será tão pequeno perto de mim que será irreconhecível.
Lembra quando você disse não para
mim? Pois é, agora é minha vez.
É não para você. Por tudo que você
me fez passar e sentir, chorar e gritar de raiva.
Laços
quebrados?
Fingimento?
Mentiras?
É!
O mundo em que vivemos está mais nítido e sem neblina nenhuma. As pessoas fazem
questão de mostrar o chão liso que elas mesmas fizeram questão de jogar óleo,
esperando você pisar. Nós cairmos.
Se
estou culpando os outros? Não só os outros como a mim mesma.
Se
você entrega uma flor, recebe um olhar de “quem
é você?”, “eis louca(o)?”
“Eu sou para você sim, o que está
disposto a me dar?” Na internet provavelmente números, na
vida real uma solidão sem explicação. Esqueceram de te dizer que antes de
chegar ao topo, você vai ter que derrubar muita gente e, se transformará em
algo que nunca imaginou que seria.
Todos
irão falar de você. Não sei se será tarde demais para você mudar ou se de fato
isso não se passa em sua cabeça.
Oi,
espero que esteja bem.
De
uma coisa é certa, precisamos caminhar e viver nossas vidas sem depender 100%
das outraspessoas, mas que o ser humano é sujo apesar de toda luz, ele é. Nós!
Nós dependemos e nem percebemos.
Será
pelo fato de não sermos aceitos por completos?
Porque
nos preocupamos tanto com o que irão pensar de nós?
Eu
não acredito na frase que relaciona o número de pessoas que te odeiam a inveja.
Se você está desagradando é por algum motivo que tem que ser visto. É
complicado, porque entra no quesito, “goste de mim do jeito que sou”, e isso
demonstra certa arrogância para quem é mais experiente com a vida. Não podemos
negar que somos um pouco perversos e usamos isso como forma de justificar o
“erro” dos outros. Lógico com um riso meio escondido.
Mandando
e não pedindo. Pedimos para que gostem de nós quando ligamos a frase “goste de
mim do jeito que sou”, se não gosta, problema seu. Não podemos agradar todos
e....
Os
adultos estão fugindo de assuntos mais sérios, mas eu te desafio a conversar
sobre alguns produtos infantis com um grupo de pessoas de trinta anos. É uma
fuga, isso todo mundo sabe. Quem gosta de conversar sobre assuntos
desconfortáveis e que tiram nossa alegria momentânea? Ninguém. Queremos fugir o
tempo todo de situações que nos coloquem a beira de um colapso nervoso, uma
crise de ansiedade ou corrida contra o tempo. Enquanto alguns dormem, outros
estão lutando, batalhando e vencendo.
Não
estamos no mesmo barco. Estamos em barcos diferentes, em mares, oceanos e
lagoas diferentes, mesmo assim estamos no mesmo barco.
“Você
quer deprimir todo mundo?”
Pelo
contrário. Completamente ao contrário, é pensar além do óbvio e do que nossa
cabeça condena. É uma luta.
Por
que nos importamos tanto com que os outros pensam?
Será
que é porque nos entristece?
Nunca
seremos bastantes o suficiente?
Escolhas
e consequências, você pode viver com elas. É como desistir de algo ou continuar
em algo. Alguém pode te aprovar tanto por ter conseguido e, você encontrar
sentido nisso, afinal você está sendo útil. Você sabe. Em contrapartida, não
queria estar no lugar onde está. Na verdade você não escolheu, só andou como a
manada. Normal, nada demais. Mais igual de que diferente.
Temos
que nos preocupar com nosso cheiro, nossas roupas, o que fazemos de melhor, o
que fazemos de pior para melhorarmos e sermos melhores...
A
vida não é fácil não, não significa também que é impossível. Depende de onde tu
quer chegar. Se é algo absurdo para quem tem a visão de simplesmente encontrar
um trabalho de serviços gerais no shopping ou trabalhar em uma multinacional. É impossível
para quem só quer trabalhar e pagar as dívidas.
Nos
importamos com o que pensam de nós, nos excluímos, fazemos de tudo para entrar
em um clube, um grupo, nos adaptamos a ele e sobrevivemos.
Posso
ser bem sincera com você? Talvez possa estar um pouco equivocada.
Você,
nós, eu, vamos construir nossas vidas, com apoio, sem apoio (duvido), nos
separaremos de pessoas que amamos, distanciaremos sem querer daquele que
gostamos, não teremos ajuda de pessoas que nunca, em hipótese alguma imaginávamos
nos virar as costas.
É
aprender a ser sozinho(a). Autossuficientes. Não sei se isso é triste ou um
progresso interessante. O termo “carente” é como uma doença. Mas me questiono
sobre o fato de narciso estar presente e fortemente nas pessoas. Eu, eu, eu...
“Não
preciso de você para viver.”
É,
são termos bem rebeldes. Precisamos de tanta coisa para viver, depende do que
você acredita.
É
aquela coisa: que saibamos peneirar e abstrair tudo que é negativo e positivo.
O mundo parece ser contra nós, mas ele tenta. Nós conseguimos, aí que mora o equívoco.
Nós
já conseguimos há muito tempo.
Tem
pessoas melhores que eu, melhores do que você e talvez isso seja eu. Talvez eu
não queira tanto e, muito me destacar na multidão. Talvez eu queira andar,
esbarrar e pedir desculpas, sorrir, conversar, andar e não ter muita importância.
Viver e ser visto como qualquer outra pessoa que vive sua vida.
Obrigada por ler
Beijinhos!
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