Quem
gosta de pessoas insuportáveis? Nossa! Se colocar isso em porcentagens, jesus!
Será?
Olá, espero que esteja bem...
O
medo de se parecer com alguém que odiamos.
A
odisseia de sermos aclamados por nós mesmos, amantes do “agrado todo mundo”.
Quase impossível agradarmos a todo
mundo, a não ser um criança que já fala, anda e está entendendo o mundo. É
impossível agradarmos todo mundo.
Porque
queremos muito isso hein? Agradar a todos?
Uma
criança quando deixa de ser bebê, se ausenta das fraudas, mamadeira e do colo
da mãe, parece abrir os olhos definitivamente para o mundo que ela está, então,
tudo é muito novo, encantador. Imagina aquele bebê que dorme e abre os olhos
com dificuldades, ter que processar coisas que ele nunca viu ou imaginou na
barriga da mamãe.
É
mágico descobrir os próprios sentimentos e emoções em situações inesperadas, é
bom sentir-se vivo e a criança tem isso, por que não podia enxergar.
Qualquer
coisa é significante e mágico, principalmente quando se está no mesmo nível
mental dela. Explicar, ensinar, compartilhar é preciso ser algo didático até
certa idade, depois o nível de realidade vai aumentando.
Pois
bem! É fácil ganhar uma criança, conquista-la. Ela não viu quase nada da vida.
O
Adulto está a base de cafeína desde os primórdios da primeira decepção, qual
deixou ele de cama e triste. Isto ainda na adolescência.
Na
“adultez”, é se preocupar com muitas coisas, além do básico que é tentar ser o
melhor ou mediano na sociedade, no emprego e provar com unhas, garras e dentes
isso.
A
tristeza não é mais a mesma de quando se tinha 15 anos.
Com
quinze anos era difícil compartilhar chocolate ou algo gostoso para o irmão ou
irmã. Hoje, se pudéssemos, daríamos tanta coisa.
A
tristeza de 15 anos era o não que recebíamos da mãe para não sairmos de casa,
hoje, o não é de todo mundo: de bancos, supermercados, do trem lotado, cidade
sem trem, do frio, calor, a tristeza de si mesmo... a esperteza de culparmos o
mundo por tudo de errado que acontece em nossas vidas.
Ai!
Ai quem ousar dizer ou culpar o mundo e as pessoas, já que “você é suficientemente grande e responsável para cuidar de suas
coisas, já não é mais uma criança.”
É
aí, que mora o perigo. Chegada a velhice, nos tornamos crianças mais uma vez,
com sensações especificas de cada um, de pessoa pra pessoa.
Talvez
aí, possa entrar o “só sei que nada sei, sem contexto”. O seu contexto original
fica pra trás e é substituído pela ilusão do óbvio. Daquilo que seus pais
sempre diziam. Então crescemos, nos tornamos adultos e percebemos que já sabíamos
o que é ser uma pessoa desprezível e ser tratado como um ser humano sem valor.
A
raiva dos pais se torna certeza de que eles estavam certos. O mundo era mais
legal quando abri os olhos pela primeira vez.
As
emoções vão ficando meio escassas. Tabula rasa! Voltamos aos primórdios da infância
e não entendemos definitivamente nada do mundo que conhecemos antes, onde
andar de bicicleta e cair na piscina, eram as melhores coisas do mundo.
Você
cresce e se preocupa, se torna um paranoico, tem que cumprir todas as leis, ver
leis sendo massacradas por superiores, se sente impotente e herói ao mesmo tempo.
Crescemos e nos damos conta que a
perspectiva de nossos olhos e mentes são programados.
Uns
mais lentos, outros mais rápidos. Nasce a sensação de já ter aproveitado tudo,
sem ter feito nada.
Nós
apenas nos tornamos o reflexo, espelho daquilo que sempre odiamos. Não importa
os argumentos, parece que o cérebro programa seu time para entender de fato, a
realidade que conhecíamos apenas nos livros.
Obrigada por ler
Beijinhos!
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