Não é só da cama ficar
vazia, é tudo perder o sentido, por que quando a gente se aquece no peito de
alguém, o frio vai embora. São todas as estações dentro do corpo, menos o
inverno... e o verão que chove é aquele ausente de você, longe de mim, pensando
em mim, mas o sol volta e você já está em casa outra vez.
Não é só de ficar
sozinha por não me completar, eu comigo e eu mesma, a mim. É de ficar sozinha
por falta de excessos de felicidades alheias. E tudo que transborda, às vezes é
bom pra manter o vazio bem longe da cabeça.
Não é ficar sozinha por
não ter capacidade de me completar por inteira, é de ficar sozinha por falta de
excesso de pessoas, elas chatas, arrogantes, pessoas que não gosto, mas que de
alguma forma me preencheriam com sentimentos.
Não é só ficar sozinha
por medo de ficar sozinha, é a vocação de ter alguém por perto, por que quando
isso acontece, todas as estações funcionam bem, durante o ano, dentro de mim.
Então...
Quando estou sozinha é
por falta de excessos, e futilidades, por falta de tudo que dizem ser errado e
oposição da maneira correta de vida. Os meus excessos são talhados por tentar
ser certa demais em viver da maneira como dizem: sem excessos. Excessos de
pessoas, sorrisos, alegria demais, amigos demais, conversas demais. Fico
presente de excessos vazios, conversas que não são minhas e, pensamentos
manipulados. Tudo quase se torna industrial, se não fosse eu.
Eu posso viver dentro
de mim, sozinha em uma cama, sem tudo perder completamente o sentido. Posso
tentar enganar a vida por alguns segundos e, acreditar que o sol é para todos,
tento convencer a mim mesma que excessos de você precisam de bula e receita,
prescrita por alguém que entenda o meu caso.
É praticamente
industrial os meus excessos, é confuso teus excessos quando em contato com os
meus, mas tu sabe que nós somos cheios de excessos e de camas vazias, excesso
de pessoas, ausência de alegria e forte vazio. Desejo de vários excessos
proibidos, esses aquecidos por um peito que tu não queria, sabe que não podia,
mas fez. O teu excesso pode ser como o meu, pode ter uma cama, ausência ou presença
de pessoas e, nossa luta sempre será, entender como é viver em dualidade.
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