MINHA AMIGA É FALSA

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Oi, espero que esteja bem. 

Ser uma pessoa social é estar vulnerável a fazer amigos, consequentemente construir uma família sem qualquer vínculo sanguíneo é, fazer novos irmãos e irmãs etc. É possível ir à festas de família quando convidado, dentre várias outras coisas que só quem tem amigo sabe como é. Muitas pessoas gostam de contar seus segredos para os pais outros gostam de desabafar com os amigos, já que certos assuntos pais dão palpite até demais e, por mais que seja chato e irritante, sabemos que é importante mesmo que não se admita de início.

A época de construir amizades com certeza se dá a partir da infância. Apesar de todo o preconceito que acontece quando se é adulto, a criança tem lá sua sinceridade e autenticidade e é a melhor para construir esse tipo de laço que é tão importante.

Poxa! Não é à toa que existe o ditado “quem tem amigo tem tudo”. Apesar de a infância nos fazer falhar a memória é na adolescência que isso pode se prolongar mais. Os namoros vão aparecendo, as confusões e dramas também, as vontades e novas pessoas começam a aparecer. Algumas amizades ficam balançadas, outras “quanto mais melhor”! Na infância as brigas são por bobagem e até são engraçadas, seja por um erro entre meninos jogando bola ou um boneco Ken disputadíssimo diante de várias Barbie’s... A de 1,99 fica meio excluída.

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Ai! Mais quando chega a adolescência e os namoros, o clima esquenta. Esquenta por que você não sabe o que vai acontecer, consequentemente as melhores e as piores aventuras vão ser vividas pela tribo já formada desde o ensino fundamental, porém contrariando todo esse conteúdo, o colegial parece que venho para destruir todos os sonhos construídos e já vividos e que ainda seriam vividos.

Depois de uma festa de “verdade ou consequência” no final do último ano do fundamental, você descobre que sua melhor amiga já deu “bitoca”. Ora, amiga que é amiga quer que você faça isso também, afinal o que uma faz a outra tem que fazer. No último ano do fundamental é onde as coisas começam aos poucos a mostrarem a cara, mas é no ensino médio que você tem certeza disso.

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Uma festa está marcada e todo mundo vai. Coisa nova, empolgante, a curiosidade fala bem alto. O menino que você gosta desde o fundamental vai estar e de alguma maneira os dois estão diferentes, mais “maduros”. Você cria coragem e conta pra sua amiga, depois de muita insistência da mesma de admitir essa paixãozinha. Você diz que vai comprar uma água e quando volta depois de esbarrar pela multidão e se molhar toda, vê a sua paixãozinha e sua melhor amiga, aos beijos.

É foi uma história meio que inventada, acho que algumas pessoas já passaram por isso. Existe coisa mais chata de que descobrir que sua melhor amiga na verdade é uma falsa? Tudo bem que as duas estão empolgadas com as descobertas, mas é como se o mundo perdesse completamente a gravidade. A questão é que laços foram feitos e ficar cara a cara com a frustração e a decepção no primeiro ano de ensino médio é, destruir com tudo. Acaba que você fica solitária, enquanto sua ex-melhor amiga perambula pelos corredores com meninos de classes mais avançadas. É de chorar!

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Na minha concepção o melhor a se fazer é deixar o tempo resolver. Quando se é adolescente, as atitudes são tão infantis que não dá pra perceber o tamanho do estrago. Quando você “meio que cresce” pensa no quanto era imatura. Fazer do outro um depósito de sofrimento é uma covardia sem fim. Isso não é desculpa para sair fazendo coisa errada na adolescência como se ser uma pessoa adulta, fosse resolver tudo.

Não, não! É na adolescência que você decide quem será no futuro é, uma construção e por mais que pareça bobagem é verdade!

Amizades podem durar para sempre, mas atitudes provam mais que as palavras. A pessoa não será uma eterna bruxa, mas tenho certeza que a confiança, a admiração e todo o respeito foram perdidos (mais ou menos depois passa). A idade ajuda muito a fazer do passado, um acontecimento banal. Não quero condenar ninguém, longe de mim, até porque é preciso ver os reais motivos: pode ser por maldade ou diversão. E no final das contas, agradeça ao tempo e a idade, porque são esses dois que ajudam a esquecer brincadeiras de adolescentes.

Obs..: Apesar de muito falar, talvez algum dia ou em algum momento fomos pessoas “falsas”. Perder a confiança não é só em momentos de adolescência e namoricos. Amizade deveria ser pra sempre. Hoje tudo é relação de troca.  

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Obrigado

Beijinhos!