A
gente passa tanto tempo com o conceito de fazer o nosso que esquece da finitude
da vida. Isso não justifica que o medo de não estar mais presente, nos paralise
de conquistar o nosso, que justifique nossa ausência de lutar por nossas coisas
materiais, por amparo social e status hierarquizado. É que me dói, me deixa
triste, saber que muitos que correm e estão mais na frente, esquecem que podem
passar por uma lombada a qualquer momento e quando se deparam com o tombo,
discursam sobre a fragilidade da origem e a importância do hoje. O conceito de
vitória é muito deturpado também, de um lado, faz com que nos sintamos inúteis
diante do tempo que estamos usando, no caso, perdendo e do outro, nos mostra
que o tempo tem de sobra, mesmo com o ditado de que “tempo é dinheiro”. É uma
corrida insana contra o relógio em busca de algo que até mesmo nós não sabemos,
quando ficamos frente a frente com situações sem controle. É uma competição que
implica outras pessoas mas que mais diz respeito sobre nossas vontades ou
vaidades de que realmente a chegada. Já considerei muito falar de pobreza e
estar romantizando, gravidez, assim como outros assuntos que causam má digestão.
Não digo que me arrependo, mas há pautas que não merecem estar abertas
virtualmente. Poupa energia e sanidade mental.
A
gente passa tanto tempo se dedicando em construir nosso castelo e, manter no
bom conforto quem amamos que esquecemos de lembrar que precisamos amar, antes
de mesmo de um boa noite. Passamos tanto tempo considerando amar a nós mesmos
que esquecemos de amar ao próximo. Passamos tanto tempo julgando frases como
esta que leu anteriormente, que esquecemos de buscar o real sentido. Não é sobre
ser bom e ter uma bondade divina, é sobre sentir quando a finitude acaba. Não,
eu não sou o tipo de pessoa que diz que ama todo dia, até me acham fria. Também
não fico ofendida com os comentários. Fazem parte da vida.
A
gente passa tanto tempo considerando que nunca iremos embora, que quando vamos,
o chão se abre. Não é sobre achar ou não achar frases clichês, sinônimo de mentira,
imaginação etc... é sobre desconsiderar não somente nossa fragilidade, mais
algumas verdades que estão em nossa cara, mas que cegos pela arrogância e prepotência,
ficamos convictos que estamos certos.